Nos últimos dias, veículos de comunicação do Distrito Federal têm repercutido a morte do jovem João Vitor Domat Remus. Pelo menos dois portais de notícias (Correio Braziliense e Metrópoles) trouxeram relatos sobre o caso do menino de 13 anos, que faleceu em Palmas no dia 6 de agosto após ficar 10 dias internado depois de levar um choque nos pinos de um carregador de celular.

Segundo divulgado pelos veículos, a família do menino morava em Brasília (DF) e desde o início da pandemia mudou-se para uma fazenda no Tocantins, onde tem negócios. No dia 28 de junho, João Vitor estava em casa na presença da mãe e da irmã. Ele precisou usar a extensão na qual a irmã carregava o aparelho celular. Ao tirar o carregador da tomada, os pinos (plug macho) se soltaram do equipamento. Quando o menino foi pegar a extensão, não percebeu que parte do carregado tinha ficado no objeto, encostou nos pinos e recebeu a descarga elétrica.

De acordo com o Correio Brasiliense, vizinhos da família, que atuam na área da saúde, tentaram reanimar o menino por mais 30 minutos, enquanto aguardavam a chegada do Corpo de Bombeiros. O Jornal do Tocantins entrou em contato com a corporação que disse não ter recebido chamado na data da ocorrência.

Segundo a publicação do Correio Brasiliense, o menino teve que ser levado para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde a equipe médica conseguiu reanimá-lo. Após passar 10 dias internado no HGP, o menino teve morte encefálica declarada. O enterro ocorreu na tarde de sábado, 8, no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.

Por meio de nota encaminhada ao JTo, a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) se limitou a dizer que o caso segue sendo investigado e em breve irá divulgar mais informações. “A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Vulneráveis (DAV – Palmas), informa que foi registrado um Boletim de Ocorrência e um Inquérito Policial foi aberto para investigar o caso que está em fase inicial.  Outras informações serão repassadas em momento oportuno.”, disse o órgão.

Perícia

A família contou ao Correio Braziliense que vai aguardar o resultado da perícia e com isso pretende entrar com uma ação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para pedir a suspensão da venda de carregadores sem comprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo informou Frederico Remus, pai do menino, tinha menos de um mês que o carregador tinha sido comprado.