A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira (15) a morte de Antônio Márcio Quintão, de 76 anos, caso é mais uma suspeita de síndrome nefroneural, doença que é investigada por possível contaminação por dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina, da Backer.

O idoso estava internado no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte. A polícia diz que trata-se da segunda vítima confirmada oficialmente. Já o hospital informou que não tem autorização para falar sobre os pacientes.

A morte de uma mulher, de 60 anos, em Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, foi notificada, mas ainda não foi contabilizada. O caso ocorreu em 28 de dezembro, mas as suspeitas de que seja mais um caso de contaminação só foram reveladas nesta terça-feira (14) em nota da prefeitura da cidade.

A primeira vítima a falecer com suspeita de contaminação pela substância foi um homem de 55 anos, morador de Ubá, na Zona da Mata, que também esteve em dezembro no bairro Buritis e consumiu a cerveja Belorizontina. A morte ocorreu em Juiz de Fora, no dia 7 de janeiro.

A Polícia Civil divulgou laudos que apontaram a presença da substância dietilenoglicol em três lotes da Belorizontina e também de monoetilenoglicol na fábrica. Essas são usadas no processo de refrigeração da produção e ambas são altamente tóxicas.

Atualização mais recente da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, divulgada nesta terça-feira (14) aponta terem ocorrido até o momento 17 casos de intoxicação pelo dietilenoglicol.

A diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, afirmou que ninguém deve consumir a cerveja suspeita de contaminação. "Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for", disse.