William Feitosa de Barros, conhecido como “Bolota", de 38 anos, foi morto por um PM na sexta-feira, 4, após confronto em sua casa localizada no setor Aureny III. A Polícia foi até o local após receber denúncia de que um homem estaria ameaçando pessoas de um condomínio no bairro. O confronto ocorreu após os policiais liberaram uma mulher que acompanhava o suspeito e ordenado que ele esvaziasse as gavetas de uma cômoda. Na última gaveta, segundo o relato dos policiais, ele sacou uma arma e houve a troca de tiros. 

O caso gerou um inquérito policial militar levado ao conhecimento juiz da Vara da Justiça Militar, José Ribamar Mendes Júnior, neste sábado, 5. Também foi encaminhado para a Corregedoria , por envolver policiais militares em confronto.

Conforme a Polícia, a denúncia de ameaças ocorreu por volta das 15h30. Ao chegarem no bairro , viram quatro pessoas correndo para uma kitnet próxima ao condomínio, conhecido como "Carandiru", onde identificaram Barros e uma mulher, que foi liberada após o suspeito dizer que ela não tinha envolvimento algum com o crime.

Os policiais teriam pedido ao Bolota para que expusesse seus pertences guardados em gavetas de uma cômoda na casa, no entanto, ele estaria tentando “tirar a atenção da equipe”, jogando as coisas no chão bruscamente para “evitar visualização por parte dos policiais”, consta no documento de abertura do inquérito.

De acordo com o depoimento dos policiais, nesse momento, ao tirar os objetos da última gaveta, Barros teria sacado a arma e disparado na direção dos policiais que revidaram a agressão e atiraram contra o suspeito.

Nenhum policial ficou ferido. Bolota foi levado pelos próprios policiais para o Hospital Geral de Palmas, segundo o relato, porque a  ambulância acionada por eles estaria demorando muito a chegar. O homem morreu já na unidade hospitalar, segundo a Polícia.

Os dois policiais envolvidos se apresentaram ontem à noite, por volta das 19 horas, e entregaram as duas pistolas usadas na abordagem.