Um estudo científico sobre os problemas neurológicos ocasionados pela deficiência da vitamina B1 (tiamina) e uma forma de incrementar a eficiência da terapêutica em indivíduos que apresentam manifestação clínica está sendo desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt).

Conforme a instituição, os pesquisadores acreditam na possibilidade de atingir um estágio de proteção superior ao sistema nervoso, mas com limitação. A pesquisa revela ainda a importância da reposição e dos cuidados com a alimentação para se ter qualidade de vida.

A pesquisa está sendo executado pelo Doutor em Neurociências pela (UFSC), Fabiano Mendes de Cordova que atua na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus Araguaína.

De acordo com a fundação, o estudo iniciou em 2018 e baseia se na investigação que utiliza duas substâncias que representam duas classes farmacológicas: antioxidantes e anti-inflamatórios, que abrangem um leque de possibilidades, de baixo custo ao Sistema Único de Saúde e que pode refletir diretamente em melhoria dos tratamentos.

“O trabalho é desenvolvido através de um modelo experimental consagrado, utilizando-se animais de laboratório (camundongos) os quais apresentam aspectos anatômicos e fisiopatológicos da deficiência de tiamina idênticos ao ser humano, resultando em possibilidade de efetiva aplicabilidade dos resultados aos pacientes, dentro dos conceitos da pesquisa científica translacional”.

Para o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), Márcio Silveira, as pesquisas mostram a importância do conhecimento científico, e suas descobertas inovadoras em todas as áreas da ciência. “Desta forma a Fundação tem proporcionado apoio aos pesquisadores por meio de financiamento de pesquisas através do PPSUS”, explicou Silveira.  

Grupo de Risco

Segundo o pesquisador, a identificação do grupo de risco é primordial, para possibilitar a oferta da suplementação nutricional da vitamina B1. Esse grupo se classifica por pessoas cronicamente doentes, alcoolistas e pacientes após cirurgia gástrica, que são enquadrados como alto risco para desenvolver múltiplas deficiências.

Cordova ainda menciona que as células e sistemas orgânicos possuem limiares funcionais, que podem ser estendidos e incrementados, mas que não são permanentes. “É importante investigarmos estratégias que potencializem a terapêutica ao indivíduo acometido, mas mantendo o princípio da simplicidade e baixo custo de aplicabilidade à população”.