Se o mundo está vivendo uma guerra, muita gente tem aparecido pra lutar junto, porque no fim todos estão do mesmo lado: combater o vírus que já matou milhões de pessoas no mundo. E em meio à pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, voluntários têm arregaçado às mangas, mesmo que dentro de casa, para mostrar a solidariedade.

A comerciante Dila Oliveira começou oferecendo lanche e sanduíche para moradores de rua, mas como viu que os desabrigados precisariam de uma refeição mais forte, ela decidiu doar marmitas para eles.

A senhora faz parte da equipe de um restaurante, localizado na Praia da Graciosa, e desde o início da quarentena, está preparando alimentos para esses moradores.

Segundo ela, todos os dias, o restaurante monta as refeições, após às 18h, e depois entram nos pontos que foram combinados com os moradores. “É uma ação que precisamos divulgar em razão do aumento diário de pessoas que precisam da comida e estão indo lá aguardar a chegada. Precisamos ver se desperta em mais empresários o desejo de contribuir”.

Marmitex

Apesar de o ato ter ganhado intensidade nos últimos dias, Dona Dila desde quando teve seu primeiro restaurante em Palmas, ela doa comida para os mais necessitados. Todo dia, de domingo a domingo, ela prepara as refeições. "Eu penso que a fome é muito doída, né?! E a gente tem que ajudar quem está passando necessidade sim. É uma maneira de retribuir. Deus deu as coisas para a gente e a gente pode distribuir um pouquinho. Tem gente precisando e não tem onde procurar nada. É um conforto pra eles saber que sete horas da noite a marmita está chegando lá quentinha. E é isso! A gente está mantendo esse serviço solidário e vamos continuar".

Entregas Voluntárias

Nesse momento o sistema de saúde (público e particular) passa por um momento sensível, onde todos os profissionais envolvidos estão dedicados para cuidar dos infectados. Além de médicos e enfermeiros, tem as equipes técnica, administrativa, de limpeza, recepcionistas, de trânsito, de alimentação, de manutenção. O número de pessoas é imenso e muitos trabalham com carga horária ampliada.

Mas além dos profissionais, outros personagens estão nessa história: os acompanhantes dos doentes. Pessoas que nem sempre voltam pra casa, pensando nisso, uma empresa de delivery na cidade resolveu não cobrar frete para as pessoas que estão nos hospitais. “Temos uma missão social neste momento imensa, prover os serviços de delivery aos mais necessitados. Além disso, nos próximos dias estamos nos organizando para recolher doações e destiná-las em toda a cidade”, diz o gerente de marketing do aplicativo, Daniel Bueno.

Solidariedade

Nesse momento a ajuda vem de diversas formas, até mesmo de quem já convive com situações de pânico, como é o caso da enfermeira e artesã, Leilane Aparecida Aires Cavalcante. Segundo a mulher, através de um vídeo ela aprendeu a confeccionar máscaras de acetato (que protege todo o rosto), com material inutilizado de películas de raio-X. “Então pensei em pegar esses materiais que são inutilizados nos hospitais, realizei toda a limpeza, tirei a tinta e confeccionei as máscaras na minha própria casa”, conta.

Máscara Hospital

A voluntária já fez 50 máscaras, que foram doadas ao Hospital Geral de Palmas (HGP) no último sábado. Até o final de semana ela irá confeccionar mais 30. “Todas serão doadas. Essas máscaras têm uma proteção mais completa, que proteja todo o rosto. Eu acredito que a prevenção é importante e se cada um fizer sua parte, estaremos livres, mais rápido, desse vírus. Além do fato de que, quando ajudamos o próximo, estamos também contribuindo para que o mundo seja um pouquinho melhor”.