O empresário Julio César Valdevino, 57 anos, pai do ex-vereador palmense Diogo Fernandes Costa Valdevino (MDB), recebeu alvará de soltura depois de uma audiência de custódia no judiciário, após ter sido preso durante as eleições da seccional do Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-TO), na quarta-feira, 16, sob a suspeita de descumprir uma medida que restringe a aproximação da ex-esposa, uma advogada de 45 anos. 

O JTo apurou no sistema processual que a medida que impede o empresário de se aproximar da ex-esposa, imposta a pedido dela, teve a primeira concessão, liminarmente, em junho deste ano. Depois acabou confirmada por mais seis meses, em sentença no mês passado, assinada pelo juiz Antiógenes Ferreira de Souza, da Vara de Combate a Violência Doméstica Contra a Mulher da capital. A medida principal o proíbe de se aproximar da ex-esposa a uma distância menor que 50 metros.

Durante as eleições da OAB-TO, ele acabou preso em flagrante após a Polícia Civil ter sido comunicada de um possível descumprimento da medida. Segundo o processo, quando a advogada chegou para votar o ex-marido estaria na sede da seccional em Palmas, e, com medo, a advogada procurou a Polícia Civil. O caso reverberou bastante nas redes socias em meio às postagens sobre as eleições dos advogados.

De acordo com o inquérito sobre a prisão em flagrante, autuado às 6h20 da manhã de hoje, a audiência estava marcada para o final da tarde, mas acabou redesignada para as 14h e o juiz Rafael Gonçalves de Paula decidiu pela soltura do empresário.

A defesa da vítima entende que ficou configurada a quebra da medida protetiva e, por considerar o empresário uma “pessoa perigosa em razão do histórico processual” entrou com um pedido de prisão preventiva, no processo originário da medida protetiva, para preservar a integridade física da advogada.

A defesa do empresário alega que ele não teve ciência sobre a renovação da medida protetiva imposta pelo judiciário, porque reside em Goiânia. Também sustenta que não houve descumprimento da medida, "porque o local, a sede da OAB-TO, era um local público e Julio Valdevino é amigo de vários advogados de todas as chapas, por isso se encontrava nas tendas dos apoiadores, em frente ao prédio, distante das urnas".