Com o intuito de valorizar o empoderamento feminino e alertar a população sobre as formas de combate a toda forma de violência contra as mulheres, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) lançou na manhã desta quarta-feira, 20, a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”.

A proposta, que é uma iniciativa do Núcleo Maria da Penha, tem a participação também da sociedade civil, que na visão do órgão, pode contribuir ativamente com a iniciativa. “Não podemos aceitar que ainda tenhamos que conviver com mulheres que sofrem agressões diárias dentro da própria casa. É preciso chamar atenção para este tema e os 16 dias de ativismo tem este propósito”, comentou a coordenadora do Núcleo Maria da Penha, promotora de Justiça Jacqueline Orofino da Silva Zago de Oliveira.

A subprocuradora-Geral de Justiça, Maria Cotinha Bezerra Pereira, que destacou o Dia da Consciência Negra como início da campanha, afirma que as mulheres negras são vítimas tanto do preconceito de raça quanto de gênero. “Porém, nós, mulheres conseguimos, com muita luta, sair do casulo da vida doméstica, triplicamos nossa jornada de trabalho e, com determinação, vamos ocupando nosso espaço de direito na sociedade e no mercado de trabalho”.

A solenidade de lançamento contou com uma edição especial da Feira das Manas, um grupo formado exclusivamente por mulheres empreendedoras que comercializam seus produtos, gerando renda e fortalecendo a independência financeira.

Uma das organizadoras da Feira das Manas, Luciana Zanotelli, explica que o grupo trabalha o empoderamento feminino através da economia solidária e do companheirismo das feirantes. Ela também ressalta sobre a importância da participação no MPE nesse processo de construção. “Foi importantíssimo o convite do Ministério Público para que nós possamos estar juntas, trabalhando em prol da diminuição dos números de violência tão absurdos que vivemos hoje em dia”, acrescenta.

Campanha

Os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) e o Ministério Público do Tocantins (MPTO) aderiu à campanha pelo segundo ano consecutivo.

Até o dia 10 de dezembro, a instituição divulgará em suas redes sociais (perfil @MPETocantins no facebook, twitter e instagram) mensagens diárias com o intuito de contribuir para a desconstrução de uma cultura histórica de domínio e opressão e conscientizar para uma convivência harmônica entre homens e mulheres.