A Operação Montibeller, que investiga crimes de estelionato e uso de documentos falsos, cumpriu um mandado de prisão e outros dois de busca e apreensão em Guaraí e Araguaína.

A ação, deflagrada pela Polícia Civil (PC) na manhã desta quinta-feira, 8, prendeu Rogério Rodrigues de Sousa Lima, suspeito de praticar os crimes, e realizou buscas na casa de seu pai, no centro de Araguaína, e também na residência do investigado em Guaraí, onde foi encontrada uma moto em nome de outra empresa fraudada pelo autor dos crimes.

Segundo informações da Polícia Civil, em janeiro de 2017, Lima utilizou um CPF falso na cidade de Colinas enquanto era sócio da empresa Rede Super Distribuidora e Comércio De Lubrificantes LTDA, e praticou crimes de estelionato no nome do seu então sócio proprietário, Rogério Montibeller.

Na época, os cheques assinados por Montibeller eram endossados pelo indivíduo, que se colocou como fiador e supostamente havia sido nomeado pelo proprietário como administrador da empresa. No entanto, como não houve pagamento, Lima não quis desembolsar nenhuma quantia para saldar a dívida e transferiu essa responsabilidade para a empresa. Além desse, na ocasião a Rede Super havia sofrido outro estelionato com cheques de agências bancárias diferentes, mas vinculados à mesma empresa, que chegou a ser acionada pela Justiça.

Após dificuldades em localizar os representantes da Rede Super e no decorrer das investigações, a PC constatou que se tratava de uma empresa de fachada, adquirida em 2012 com documentos falsos elaborados pelo estelionatário e outro falsário, que utilizou o nome de Marcus Alberto Rezende para transferir a propriedade do estabelecimento nesse mesmo ano.

As investigações revelaram que os golpes aplicados pelo estelionatário já deram um prejuízo de cerca de R$ 170.000,00. A Polícia encaminhou o suspeito para a Casa de Prisão Provisória de Guaraí.

Operação Prata

De acordo com o delegado Wanderson Chaves de Queiroz, responsável pelo caso, Lima também é apontado na Operação Prata, que investigava suspeitos de utilizarem documentos falsos e praticarem crimes de falsidade ideológica, além de formação de quadrilha e estelionato, que movimentou altas quantias em dinheiro por meio de empresas de postos de combustíveis.

Entre outros crimes cometidos por Lima e que foram alvo da investigação, a ligação do suspeito com a Operação se dá pelo fato de que a empresa de fachada criada por ele possui o mesmo endereço de um dos postos de gasolina onde ocorriam as supostas fraudes.