A ordem de soltura do farmacêutico Iuri Vieira Aguiar, de 37 anos, determinada por liminar do Habeas Corpus, foi assinada nesta terça-feira, 1ª, em despacho da Justiça. A liminar concedida pela desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe nesta segunda-feira, 30, entendeu que não existia a necessidade da prisão preventiva do alvo, que é investigado na Operação ONGs de Papel. 

A desembargadora, que é relatora da operação, entendeu que ele não teria condições de prejudicar o processo e “não se justifica a nova prisão decretada”. “Não há no que foi narrado pela autoridade policial e mesmo no que foi decidido pela magistrada em substituição, situação que se assemelhe à definição acima transcrita, inexistindo indicativo de que a produção das provas esteja sofrendo alteração por atuação direta do paciente”, diz a determinação.

Aguiar havia sido preso novamente no último dia 26 por supostamente ter tentando atrapalhar as investigações, ele é presidente do Instituto Prosperar (Ipros), de Araguaína, que a Polícia Civil investiga por suspeita de participação em um esquema de desvio de emendas parlamentares. 

Aguiar apontado como líder do esquema estava preso no 2º Batalhão da Polícia Militar de Araguaína (Batalhão Araguaia), já que tinha direito à cela especial, em razão do diploma superior, mas a cela especial existente na Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA) não lhe servia. Ele já teve três prisões preventivas decretadas no processo penal da Operação Ongs de Papel.

Operação

Conforme a Polícia Civil, o Ipros é apontado como beneficiário de pelo menos R$ 15 milhões de emendas parlamentares entre 2015 e 2018 para eventos como festa de aniversário das cidades, vaquejadas e shows e lavar o dinheiro por meio de empresas que só existem no papel.

As licitações para os eventos eram direcionados para que empresas de pessoas ligadas ao grupo. Confira os destalhes da Operação ONGs de Papel apurados pelo Jornal do Tocantins