Desmatamentos com 60 hectares ou mais registrados na Amazônia entre os anos de 2016 e 2017 nos estados do Amazonas, Amapá, Mato Groso, Pará, Rondônia, Roraima e no Tocantins são alvos de 1.410 ações civis públicas. Conforme o MPF, 1.831 pessoas ou empresas responderão na Justiça pela remoção ilegal de mais de 156 mil hectares de floresta.  Em todas as ações há pedidos de indenizações com objetivo de reparar os danos causados pelo crime ambiental, que chegam a R$ 2,515 bilhões.

No Tocantins constam cinco ações, tendo como área desmatada toda 102, 24 hectares, sendo três réus processados e pedidos de indenizações de R$ 1.647.393,28. O detalhamento do perfil dos réus não foi divulgado.

As informações foram apresentadas em Belém (PA) nesta sexta-feira, 3, como parte da segunda fase do projeto Amazônia Protege, iniciativa da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do MPF e acontece em todos os estados da Amazônia.

Os dados mostram que o Mato Grosso encabeça o número de ações e área desmatada, sendo 53.323,97, um total de 401 ações e 558 réus e pedidos de indenizações que totalizam R$ 860.175.908,61.

Metodologia de trabalho

Para o levantamento dos dados foram utilizadas imagens de satélite e informações públicas para delimitar as áreas desmatadas e identificar os responsáveis pelos crimes ambientais. Conforme o MPF, das áreas desmatadas, 266 registram algum tipo de embargo dos órgãos ambientais, sendo que algumas têm mais de um embargo; 644 estão situadas em glebas federais; 302 estão dentro de unidade de conservação federal; e 18, dentro de terra indígena.