O Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou um procedimento para investigar a distribuição coletiva do remédio ivermectina para à população de Tocantinópolis, inclusive para a comunidade indígena Apinajé. A informação é que a distribuição aconteceria sob o pretexto de prevenção à Covid-19, mesmo sem comprovação acerca da eficácia do medicamento. 

Conforme o MPTO, o procedimento instaurado nesta segunda-feira, 20, questiona uma série de questões e requebrou a gestão municipal, em nome do prefeito Paulo Gomes e do secretário de Saúde Jair Aguiar, a cópia do procedimento administrativo de aquisição do fármaco e comprovação da sua inserção em programa de saúde pública, conforme aprovada pelo Ministério da Saúde. 

Entre os questionamento do Ministério Público Estado a inexistência de prescrição prévia por médico ou enfermeiro, à falta de avaliação individualizada dos medicados no que se refere a dosagem e efeitos colaterais. Também é questionada a possível invasão de atribuições do Distrito Sanitário Especial Indígena no que se refere a prestação de  assistência farmacêutica aos indígenas. 

Além do Município, o Conselhos Federal e Regional de Medicina e de Enfermagem também devem apresentar nota técnica  para subsidiar a atuação do Ministério Público na defesa da saúde e quais as providências os coordenadores do Distrito Sanitário Especial Indígena no Tocantins  tomaram  nessa situação. 

Tocantinópolis 

Ao G1 Tocantins, a Prefeitura de Tocantinópolis disse que ainda não foi notificada sobre o inquérito do Ministério Público, entretanto reforçou que o medicamento já é utilizado no tratamento de outros parasitas.