Cerca de 200 manifestantes, entre caminhoneiros, moradores e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), bloquearam, durante todo o dia de hoje, a TO-335, que liga Colinas do Tocantins a Palmeirante. Eles reivindicam melhorias nas condições de trafegabilidade da rodovia e a regularização de terras na região. Segundo os líderes do movimento, há cerca de 43 famílias acampadas às margens da rodovia, aguardando regularização fundiária.

 

O bloqueio só chegou ao fim depois de um acordo entre os manifestantes e representantes do Estado e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Uma audiência deve ser realizada no sábado, às 10h, paradiscutir os procedimentos que serão adotados pelo Incra e pelo Programa Terra Legal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para vistoria das áreas tituladas e não tituladas que compõem os imóveis reivindicados.

 

A TO-335 é utilizada como acesso ao pátio multimodal da ferrovia Norte-Sul, onde é feito o transbordo de grãos. Segundo os caminhoneiros, as más condições de tráfego causam prejuízos como a quebra de peças dos veículos e atraso na viagem. Em nota, o Dertins informou que a recuperação da malha da rodovia está inserida em um contrato com o Banco do Brasil e que já foi recuperado o trecho de Palmeirante até o pátio multimodal. A empresa contratada aguarda o pagamento da parte do banco para concluir o trecho do pátio multimodal a Colinas do Tocantins.

 

O coordenador da residência de Araguaína do Departamento de Estradas de Rodagem do Tocantins (Dertins), Rui Clério, esteve no local ainda pela manhã e informou aos manifestantes que no próximo dia 6 deve ser iniciada uma operação emergencial, do tipo tapa buracos, na rodovia.