Atualizada às 13:38

Uma nova fase da Operação Catarse está sendo realizada na manhã desta quinta-feira, 14, em Araguaína, Norte do Estado. Conforme levantado pelo G1 Tocantins, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na casa de servidores do governo estadual pela Polícia Civil (PC). 

O Jornal do Tocantins entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e aguarda retorno sobre o caso.

Em nota, o Governo do Tocantins informou que não existem servidores fantasmas na atual estrutura da administração. "Em relação à operação realizada pela Polícia Civil (PC) nesta quinta-feira, 14, em Araguaína, cabe ressaltar que a mesma não aconteceu em órgão público do Estado e não está relacionada à atual administração", diz a nota. 

A nota ainda diz que a afirmação por parte da imprensa de "que os servidores investigados seriam lotados na Secretaria de Governo, confirmam que os mesmos não compõem a atual administração, em virtude de a Secretaria de Governo já ter sido extinta", diz. 

Operação

A última ação policial da Operação Catarse havia sido realizada no último dia 19, também em Araguaína.  Na época, mandados de busca e apreensão tinha o objetivo de desvendar supostos funcionários fantasmas na área da saúde. O prejuízo aos cofres públicos seria de pelo menos R$ 1 milhão.

A Catarse investiga funcionários fantasmas em órgãos públicos e danos ao erário. As investigações começaram após denúncias em dezembro de 2018. A ação já encontrou indícios junto a Secretaria-Geral de Governo de 300 funcionários que estariam recebendo sem trabalhar.

Outro desdobramento ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Nacional, onde a suspeita é de que o grupo teria desviado R$ 700 mil. Além disso, gabinetes de deputados também já foram alvo da operação Catarse, sendo que três funcionários da Assembleia Legislativa chegaram a ser presos preventivamente.

A Operação inclusive foi alvo de críticas do próprio secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio. O delegado-geral da Polícia Civil, Rossílio de Souza Correia, ainda em janeiro, retirou os dois delegados da força-tarefa de investigação da Catarse, mas em fevereiro a Justiça determinou a reintegração dos dois, que foi revogada posteriomente pelo desembargador Eurípedes Lamounier.