Dados mais recentes do Censo Escolar, feitos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), apontam que o Brasil tem reprovado menos. Esses números se referem a estudantes das escolas municipais, estaduais, federais e privadas. Vale ressaltar que os dados de 2016 e 2017 ainda não foram compilados pelo Ministério da Educação.

Os últimos números compilados e publicados pelo censo indicam que o Brasil em 2014 e 2015 possuía uma média de 90% de aprovação do 1° ao 5º ano do ensino fundamental, 7% de reprovação. Nos mesmos anos, a taxa de aprovação entre o 6º e o 9º ano ficou com 81%; reprovação 11%. De acordo com o relatório, o ensino médio ficou em uma posição mediana: o índice de aprovação foi de 76%; reprovação 11%.

Desde 2007, os números de aprovações aumentaram bastante em todos os níveis escolares. Nos anos iniciais, as aprovações aumentaram 7,4%, já as reprovações reduziram 5,9%. Nos anos finais, que correspondem do 6º ao 9º ano, as progressões aumentaram em 5%, enquanto as reprovações caíram em 2,7%. No ensino médio, o as ascensões progrediram em 6,3% em sete anos, já as reprovações foram reduzidas em 2,4%.

A situação do Tocantins é parecida. Segundo o censo do mesmo período, o índice de aprovação na primeira parte do ensino fundamental foi de 91%, enquanto o de reprovação foi de 7%. Na segunda parte, a porcentagem de aprovação de foi 80%, já de reprovação foi de 13%. Já no ensino médio, 74% dos estudantes foram aprovados e 12% foram reprovados.

Wilson Pereira, superintendente de Tecnologia e Inovação da Secretaria de Educação do Tocantins (Seduc) explicou que o Tocantins vem melhorando os seus resultados. Ao ser questionado se o conteúdo foi reduzido ou se há o que comemorar com a redução do número de reprovações, o gestor afirmou que a reprovação é resultado.

O superintendente acrescentou que o Tocantins é um dos quatro estados do Brasil cuja média de aprovação é sete. “O nosso Estado era o único que não tinha até 2017 a oportunidade de recuperação final. O ponto importante é que a partir de 2018, após o termino de cada bimestre, as escolas param para um dia de planejamento pedagógico, o qual os professores vão avaliar os resultados dos alunos”, explicou.

Quedas

O professor aposentado Antônio José Barros de Abreu destaca que o Brasil está passando por uma dificuldade em todas as áreas e a educação é a mais afetada. “Tudo que vai mal é devido à má educação” constatou Antônio José. Ele relatou que quando estava em sala de aula via que há a política nas escolas da não reprovação.

“O aluno chega à escola desassistido da família, a família quer que a escola faça tudo, o que é difícil porque se não esse aluno não obedece nem aos pais”, questiona o professor.

Silvia Nunes Pereira é professora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ensino médio em uma escola pública. Ela destaca que há muita diferença entre as duas modalidades de ensino. “No caso do EJA, o conteúdo é reduzido, os alunos trabalham o dia todo. Silvia revela que, para o Estado, o interessante são os números de aprovação. “Para qualquer professor que você perguntar, hoje ele dirá que é um facilitador para aprovação”, afirmou.