A faxineira Dalva Vicente da Silva, 61 anos, moradora de São Paulo, capital, pede ajuda para localizar o filho Celso Rodrigues Ribeiro Júnior, 34 anos.  Segundo a mãe, ele está desaparecido desde o dia 30 de outubro após deixar a Fazenda da Esperança, em Lajeado, região central do Tocantins, onde fazia tratamento para dependência química.

Segundo Dalva, Celso Júnior morava em Colíder (MT), era casado e enfrentava um difícil quadro de dependência química. Após uma recaída, deixou a casa da esposa e, sem destino certo, encontrou um amigo com conexões na Fazenda da Esperança, em Lajeado (TO), para onde foi.

O sumiço está em um boletim de ocorrência policial na 10ª Central de Atendimento da Polícia Civil de Miracema, registrado como fato atípico no dia 6 de novembro, feito pelo responsável pela clínica.

Ele comunicou que Celso deu entrada para reabilitação na fazenda no dia 29 de setembro deste ano. Por volta das 11h do dia 30 de outubro, pediu a saída. Consta no boletim que o homem alegou ter “tomado um tiro na perna”, que estava secando, e iria para Goiânia (GO) para se tratar. Segundo o registro, Celso assinou um termo de desistência do tratamento e deixou o local. 

A mãe conta que no final de outubro, uma pessoa da fazenda ofereceu dinheiro a Celso para pegar um ônibus de Palmas para Goiânia, mas ele pode ter alterado seus planos. 

Angustiada, Dalva relata que, mesmo em situações anteriores, Celso entrava em contato para dizer que estava vivo e bem. Dessa vez o silêncio perdura há quase um mês.

"Não embarcou, não usou a passagem, não ligou mais, não viram ele nessa rodoviária. A última vez que falei com ele, disse que estava com vontade de sair daí, falei pra ele ficar, mas ele saiu".

A família passou a ligar para a clínica para obter notícias de Celso, pois ele não havia chegado ao destino. Sem conhecer ninguém na fazenda nem no Tocantins, a família teme pelo paradeiro de Celso. A esperança de Dalva é que o filho esteja nas ruas de Palmas. 

"Não sei por onde começar, já vai fazer 20 dias que ele não dá notícias. Estou preocupada, é muito longe, não sei o que fazer. Não sei se meu filho tá vivo ou morto, gostaria que me ajudassem". 

Sem registro no sistema de saúde

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que não há registro de entrada de Celso nos sistemas de internação e regulação de leitos no Hospital Geral de Palmas (HGP).

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesmus) de Palmas, informou que “até o momento não foi identificada nenhuma passagem do paciente nas Unidades de Saúde da Família (USFs) ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital”.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que "o caso foi registrado no último dia 6 de novembro e está sendo investigado, porém até o momento, não há informações quanto ao paradeiro do desaparecido".