O médico Edivaldo Cardozo da Costa teve o diagnóstico positivo para Covid-19 na segunda-feira, 11, está afastado das atividades profissionais, mas reclama que o protocolo de acompanhamento das vítimas não está sendo cumprido pelo município de Palmas nem pelo Estado. 
Médico atuante em uma clínica particular em Palmas e no Hospital Regional de Paraíso Alfredo Oliveira Barros, Costa afirma que nenhuma equipe de saúde após a notificação dele procurou a família para testar demais membros ou para pesquisar a situação epidemiológica na residência.
 
De acordo com Costa, os sintomas começaram no dia 29 de abril e na semana passada, sob estado gripal, avisou a direção técnica do Regional de Paraíso, mas estava de plantão e a direção argumentou que ele precisava trabalhar para pacientes e crianças não ficarem desamparados. Ele só conseguiu trabalhar por seis horas, quando obteve atestado e se submeteu a um segundo teste, na rede privada, confirmando o diagnóstico na segunda-feira.  A primeira testagem havia dado negativo.
 
“Queria aqui reportar minha indignação e revolta com o município de Palmas e também estado, sendo que, como médico, testei positivo para Covid-19. E tanto o município e estado não importaram de fazer notificações e ou fazer testes em minha família”, reclama.  Segundo ele, pelo protocolo, todos da família deveriam ser testados.
 
Em nota, a prefeitura de Palmas disse que monitora o caso do médico por meio do setor de Vigilância Epidemiológica, que fez levantamento dos contatos do profissional e encaminhou para a Central de Regulação de Exames da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para agendamento. A nota afirma que a esposa do médico fez teste particular e deu resultado negativo.
 
O órgão afirma que a prioridade é para profissionais da saúde e segurança pública com sintomas e que os testes rápidos só detectam anticorpos após sete dias do início dos sintomas. “Entretanto, todos os casos notificados serão testados após completar sete dias, no caso do teste rápido, ou no início dos sintomas, no caso do PCR”, afirma.
 
Procurado, o governo do Estado não se manifestou.