A Justiça intimou o secretário estadual da Saúde, Edgar Tollini, para comprovar a regularização da falta no estoque de medicamentos, escala médica e superlotação na Sala Vermelha do Hospital Geral de Palmas (HGP). Essas inconformidades foram apresentadas em um relatório de fiscalização do Conselho Regional de Medicina (CRM-TO) ao Ministério Público (MPTO) que entrou com petição sobre o caso. A determinação é do final da semana passada. 

Conforme o MPTO, na fiscalização do CRM-TO, ocorrida no início de dezembro, ficou constatado a existência de 95 medicamentos usados no tratamento dos pacientes internados na sala vermelha, além de nível baixo ou crítico no estoque de outros 46 medicamentos. O relatório apontou também a  superlotação de pacientes que ocorre devido a falta de médicos nos andares de internação.

O MPTO lembra que, em março, uma sentença judicial já determinava a regularização da Sala Vermelha no HGP. Na época, a decisão abordava os problemas da estrutura do local, oferta de materiais, insumos e medicamentos, além da escala de profissionais de saúde. Também era citado a necessidade de adequação de itens de higienização e lixeiras para evitar o risco de contaminação.

Saúde

Em nota, a  Secretaria Estadual da Saúde (SES) disse que até o fim de semana não tinha sido intimada sobre a decisão, “prolatada em processo interposto ainda em 2017. Porém, esclarecemos que a SES está à disposição para prestar todos os esclarecimentos e informações necessárias”, disse. 

Além disso, a Saúde diz que atualmente existem faltas pontuais de medicamentos no HGP e, por isso, ocorreu uma otimização dos estoques existentes. Além disso, na data da vistoria, havia uma grande demanda de pacientes no Pronto Socorro da Unidade, mas no final da semana passada somente havia um paciente na sala vermelha.

“Em virtude da pandemia decorrente do novo Coronavírus e a falta mundial de medicamentos e insumos, os fornecedores da SES estão com dificuldades para entregar os produtos adquiridos via licitação. Nestas circunstâncias, substituições estão sendo feitas e, medicamentos similares e com os mesmos princípios ativos estão sendo utilizados. Contudo, nenhum paciente ficou sem assistência necessária, mesmo com os estoques críticos”, afirmou.