Dídimo Heleno
 
O título acima não se refere ao vencedor do Oscar de melhor filme, “Parasitas”, mas ao termo utilizado pelo ministro Paulo Guedes quando se referiu aos servidores públicos durante o seminário “Pacto Federativo”, que ocorreu recentemente na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. 
 
O ministro disse que o Estado é uma espécie de hospedeiro vítima de servidores públicos que agiriam como parasitas que sempre querem “aumento automático”. A Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat) divulgou uma carta aberta cobrando do ministro uma explicação para o ataque. E a associação pede, ainda, que Paulo Guedes informe sobre sua viagem, quem arcou com os custos entre Brasília e o Rio e se houve ou não remuneração pela entidade que promoveu o evento. 
 
Na carta, a Abrat diz que é vedado à autoridade opinar publicamente a respeito do desempenho funcional e da honorabilidade de outras autoridades federais, segundo o artigo 12 do Código de Conduta da Alta Administração Federal. E pede, ainda, que Guedes aponte quais seriam os servidores públicos “que parasitam o Estado brasileiro e que não contribuem para o bem estar social da população, em desatenção aos comandos insertos na Constituição Federal e legislação de regência do serviço público”.
 
Arrependido e ciente da asneira proferida, o ministro pediu desculpas públicas aos servidores.