Atualizada às 8h03.

O jornalista e escritor Washington Novaes, de 86 anos, morreu na noite desta segunda-feira (24). Ele estava internado desde quinta-feira (20) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Encore, em Aparecida de Goiânia. Novaes foi diagnosticado com um tumor no intestino há alguns meses e vinha se tratando, mas por decisão médica foi submetido a uma intervenção cirúrgica, mas teve complicações pós-operatória. Um dos filhos do jornalista, Pedro Novaes, explicou que está esperando os irmãos, que moram no Rio de Janeiro, chegarem para definirem sobre o velório e sepultamento do pai.

Nesta segunda-feira (24) ao POPULAR, Pedro contou que o pai vinha reagindo, e tendo melhora clínica, mas neste domingo (23) apresentou um quadro infeccioso e disfunção hepática.

Washington Novaes, que é paulista, foi um dos primeiros jornalistas brasileiros a se dedicar ao meio ambiente. Além de escrever sobre o tema para diversos jornais do País, ele também virou consultor e documentarista. Para a então TV Manchete fez Xingu – A Terra Mágica, produção de 1984 que revelou ao mundo o modo de viver e a cultura dos índios daquela região. O jornalista vive em Goiânia há quase 40 anos.

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Washington Novaes fez do jornalismo a sua opção de vida. Foi repórter, editor, diretor e colunista em grandes publicações do País. Na TV foi editor-chefe do Globo Repórter, editor do Jornal Nacional e comentarista do Globo Ecologia, todos na Rede Globo. Nas emissoras Manchete, Bandeirantes e Cultura também atuou como comentarista. Nos anos de 1990 foi secretário  Meio Ambiente Ciência e Tecnologia do Governo do Distrito Federal.  Ele possui vários livros publicados, entre eles Xingu, A Quem Pertence a Informação , A Terra Pede Água e A Década do Impasse.

São inúmeras as ações que levam a assinatura de Washington Novaes como um exímio conhecedor das questões ambientais. Ele foi consultor do Primeiro Relatório Brasileiro para a Convenção da Diversidade Biológica, dos Relatórios sobre Desenvolvimento Humano,  da Organização das Nações Unidas, de 1996 a 1998, e sistematizador da Agenda 21 Brasileira - Bases para a Discussão.

Ele é um dos principais consultores do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) da cidade de Goiás.