Viralizou nas redes sociais a imagem de um paciente inconsciente em uma unidade de Pronto Atendimento, em Manaus (AM), respirando com o auxílio de um saco plástico que funcionou como uma câmara de ar, improvisada pelos médicos.

O homem estava com dificuldade para respirar e aguardava alguma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede de saúde pública. De acordo com a Secretaria de Estado de Sáude (Susam), a família do paciente autorizou o procedimento. Eles também disseram que o homem foi transferido para um hospital particular.

A Susam informou na terça-feira (21), que 91% dos leitos UTI para pacientes de Covid-19 do Amazonas estão ocupados. O Estado já conta com 2.270 casos confirmados e 193 mortes.

Segundo a secretária estadual de saúde, Simone Papaiz, o Amazonas deve contratar novos profissionais e assim aumentar o número de leitos disponíveis do Estado. Papaiz contou que a taxa de ocupação de salas rosas, para onde são encaminhados os pacientes de Covid-19 que não conseguem leitos nos hospitais, costuma a chegar na totalidade.

Outro caso que chamou atenção no Estado foi da Dona Maria das Graças, de 63 anos, que morreu com suspeita de Covid-19 na segunda-feira (20). Ela ficou internada quatro dias na rede pública de saúde do Amazonas. A idosa aguardava uma transferência de hospital para ter acesso a uma UTI, mas não resistiu. A família denunciou descaso de médicos e enfermeiros.

Respiradores
O Ministério Público de Contas do Amazonas investiga, após denúncias, a compra de 28 respiradores pulmonares para a rede pública de saúde no valor de R$ 2 milhões e 970 mil, uma média de mais de R$ 106 mil por unidade.

Segundo o documento do Gabinete do Procurador Geral de Contas, assinado por João Barroso de Souza, o Governo Federal  compra os mesmos aparelhos por R$ 57.300 a unidade, quase metade do preço.

O MPC deu três dias para o Estado apresentar uma resposta.