O Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) será submetido a uma auditoria operacional. A determinação foi dada pelo pleno do Tribunal de Contas do Tocantins (TCE/TO), que acatou requerimento apresentado pela conselheira Doris de Miranda Coutinho, titular da Quinta Relatoria. O objetivo da inspeção é avaliar a sustentabilidade do regime próprio de previdência dos servidores do Estado.

O documento foi apresentado durante a sessão do Pleno por videoconferência, na tarde desta quarta-feira, 26, sendo aprovado por unanimidade. 

Segundo o relatório, o pedido de auditoria operacional considerou os levantamentos realizados pela Corte que apontaram que as despesas ultrapassam as receitas arrecadadas, demonstrando um regime deficitário com reflexo no plano financeiro desde o exercício de 2016, além das diversas recomendações e determinações contidas nos processos de Controle Externo, emitidas pelo órgão.

A relatora cita informações dos demonstrativos das Receitas e Despesas Previdenciárias (RREO) para destacar que de 2018 a 2020 o Igepreve acumula resultados previdenciários negativos.

Em 2018, para uma receita de R$ 622.528.360,31 houve despesa de R$ 1.050.842.072,63, um déficit previdenciário de R$ 428.313.712,32.

Em 2019, o déficit é de R$ 201.232.505,43.

Já em 2020, para uma receita de R$ 1.131.316.496,08 a despesa chegou a R$ 1.406.913.637,11 resultando num déficit de  R$ 275.597.141,03.

Conforme o TCE, o órgão solicitou ao Ministério da Economia (Secretaria da Previdência Social), a participação de um auditor para compor a equipe da auditoria operacional, bem como, cópia dos relatórios de auditorias realizadas pelo ME no período de 2005 a 2020.

Também solicita o auxílio do Tribunal de Contas da União para disponibilizar um auditor especialista em Regime de Previdência para compor a equipe.