Nesta quinta-feira, 30, o Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Dianópolis, entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) para que o Estado tome providências para regularizar a situação dos atendimentos clínicos no Hospital Regional de Dianópolis.

Segundo o MPTO, apenas um médico tem realizado o serviço e uma inspeção realizada nesta semana, verificou que com isso os atendimentos à população ficam comprometidos. Além disso, a unidade chegou a ficar quatro dias consecutivos sem profissional escalado para os atendimentos.

A Diretoria Geral do Hospital informou ao MPTO que isso acontece porque dos dez médicos, cinco estão afastados e outros quatro atendem só às especialidades, ou seja, toda a carga de atendimentos clínicos fica concentrada um único profissional. A unidade de saúde é referência para outros sete municípios da região sudeste do Tocantins. Com a falta dos profissionais quem precisa de atendimento é orientado a procurar os hospitais de Porto Nacional e de Palmas.

A reclamação também é sobre a falta de ambulâncias para transferências e de profissionais necessários para o acompanhamento destes pacientes, pois o hospital só possui um veículo. “Vivemos, portanto, em município distante 350 km da capital Palmas e sem nenhuma estrutura para atender aos pacientes cotidianos, muito menos os casos confirmados ou suspeitos de contaminação pelo coronavírus em estado grave. Em um momento em que o Estado inteiro discute o aumento de leitos de UTI´s, o Hospital padece sem sequer possuir atendimento médico”, declarou a promotora de Justiça Luma Gomides.

Com base nas informações apuradas, o MPTO diz que “a ACP requer que seja concedida liminar para obrigar o Estado a dotar todas as medidas necessárias para regularizar a escala de atendimento médico clínico no Hospital Regional de Dianópolis, de modo a garantir, a prestação de serviço de forma ininterrupta 24 horas por dia; que seja mantido o número mínimo de duas ambulâncias no hospital; e que seja garantido aos pacientes, o transporte devidamente acompanhados de profissionais necessários.”