Nesta terça-feira, 2, que é comemorado o  Dia do Hospital no Brasil, o secretário de saúde (Ses) Luiz Edgar Leão Tolini conversou com a CBN Tocantins sobre as unidades hospitalares e as demandas e problemas enfrentados pela sistema de saúde pública do Estado. O gestor falou sobre os estudos que estão sendo realizados nos 18 hospitais para adequações de acordo com as necessidades da rede de assistência e das regiões onde estão instalados.

Conforme o secretário, as readequações e redimensionamentos de toda a rede precisam ser realizados, mas antes é preciso muito cuidado e planejamento. “Logicamente precisamos incorporar algumas coisas nos hospitais de maior porte e dar uma nova vocação para os menores, mas estamos estudando, porque mudanças têm impactos e não podemos, na área da saúde, tomar nenhuma decisão por impulso”, afirma.

Tollini admite que a saúde estadual tem problemas nos mais diferentes setores da saúde, mas ainda, segundo o gestor, o Tocantins ainda é uma referência para a região, já que atente, somente no que se refere a alta complexidade, 37 especialidade. “Logicamente vez ou outra nós temos problemas. Recentemente passei seis meses como diretor geral e foi importante para conhecer os problemas. Nós não vamos varrer para debaixo do tapete. Temos que enfrentar de forma imediata ou planejando as ações para não sofrermos impactos”, conta.

Ações

Mesmo com os estudos em andamento muitas ações já estão em execução, segundo Tollini. No caso do Hospital Geral de Palmas (HGP), dez novos centros cirúrgicos devem ser abertos em 45 dias para resolver um dos problemas do Estado, as filas das cirurgias eletivas.

“Estamos dando grande passo agora. Pretendemos diminuir as filas com a abertura dos novos centros cirúrgicos. Como a grande quantidade de urgência e emergência no HGP as eletivas ficam para uma segunda etapa e com o número pequeno de centros cirúrgicos eu é possível fazer o fluxo andar de maneira correta”, relata afirmando que com os novos centros a assistência será melhor e a meta é chegar às 1,2 mil cirurgias.

Outra ação da gestão é com relação ao aumento de 400 para 540 no número de leitos da unidade hospitalar, que depende da liberação dos recursos que haviam sido bloqueados com a Operação Ápia, que conforme Tollini deve acontecer em breve, já que não existe mais impedimento devido a uma determinação da Justiça Federa. “É aguardar o processo para a liberação e a retomada das obras”, comenta.

Insumos

Questionado sobre a falta de insumos constantes nas unidades hospitalares, o secretário disse que a gestão gostaria de ter mais celeridade e autonomia para poder adquirir remédios, equipamentos e outras demandas. “Infelizmente dentro do poder público somos obrigados a cumprir todos os ritos processuais e regras, principalmente as ligada a Lei 866, de contratos e licitações públicas”, afirma.

Conforme Tollini, o processo de comprar de um medicamento dentro da rede pública pode durar mais de seis meses. “Estamos tentando otimizar isso trazendo novos sistemas, modalidades de compra que não firam e não saltam nenhum passo obrigatório. Otimizar o fluxo processual e não deixar faltar”, finaliza ao declarar que em janeiro, o desabastecimento de medicamentos era de 40%, hoje o número é de 20%.