Após realização de júri popular em Araguaína, Francimar Queiroz de Oliveira teve condenação de a 14 anos de reclusão pelo crime de feminicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu era acusado de matar sua companheira, Soraia da Paz Costa, com golpes de arma branca em maio de 2019, em Santa Fé do Araguaia. 

A informação é do Ministério Público do Tocantins (MPTO) responsável pela ação penal de acusação do condenado. Segundo o MPTO, em inquérito policial, ficou constatado que o assassinato ocorreu após a vítima, que se encontrava em um bar na companhia de um amigo, ter se recusado a ir embora com o réu. A mulher levada a um banheiro foi golpeada com uma faca pelo marido.  O condenado ainda, com o intuito de forjar um álibi, desferiu contra si mesmo três golpes de faca na região cervical. 

Prisão 

Ainda segundo o MPTO, ao  fim do julgamento, à Justiça concedeu ao condenado o direito de recorrer em liberdade, entretanto, o promotor a Pedro Jainer Clarindo, que atuou na acusação afirma que o homem ainda pode ficar preso, já que o julgamento de um recurso interposto em setembro, requer a decretação da prisão. Francimar havia sido colocado em liberdade por força de um alvará de soltura expedido por um juiz, que decidiu pelo cancelamento do Júri Popular. 

Crime

Conforme publicado na data do crime no Jornal do Tocantins, a mulher, que tinha 26 anos, morreu após ser esfaqueado já que o ex-companheiro, de 32 anos na época, não aceitava o fim do relacionamento. O crime ocorreu em um bar. 

O homem já tinha passagem pela polícia por violência doméstica contra a ex-mulher, quando a agrediu fisicamente e tentou incendiar a casa.

Conforme a Polícia Militar, os policiais acionados receberam as informações de que um homem estaria brigando com sua mulher e teriam entrado no banheiro do estabelecimento. No local, à PM encontrou sangue escorrendo por baixo da porta do banheiro e ao forçar a entrada encontrou os dois caídos ao lado do vaso sanitário. Ambos estavam ensanguentados com cortes nos pescoços.  

A PM com o apoio de uma ambulância levou os dois para o Hospital Regional de Araguaína (HRA), mas a mulher morreu a caminho da unidade. Na época, a PM informou eu o homem teria tentado “dissimular dizendo que teria sido uma briga e que a mulher teria lhe desferido um golpe no pescoço e depois desferiu outro golpe no próprio pescoço”, disse em nota.

Entretanto, as testemunhas relataram à PM que o homem estava muito nervoso brigando com a mulher e havia proferido ameaçadoras contra a vida dela. Os militares autuaram em flagrante o suspeito e o levaram a Delegacia de Plantão junto com a arma usada no crime.