Após quatro anos do assassinato do taxista Alan Kardec de Oliveira, o acusado de ter cometido o crime, Cleber Venâncio, vai a júri popular nesta quinta-feira, 13. O julgamento está previsto para ocorrer a partir das 9 horas, no Fórum de Palmas, na 1ª Vara Criminal.

O crime ocorreu na manhã de 10 de janeiro de 2015 e chocou a população palmense pela brutalidade. A família de Oliveira fará um ato na porta do fórum com o intuito de pedir a condenação de Venâncio.

“Estamos solicitando solidariedade, por que como o caso já tem muito tempo, as pessoas esquecem. Toda minha família acompanhará o julgamento, juntamente com alguns amigos e taxistas”, comenta Altina de Oliveira, de 44 anos, irmã da vítima.

Altina também comenta como o irmão era no seu dia a dia. “Ele era uma pessoa de paz, uma pessoa boa, trabalhador, não tinha dívidas. Não havia um motivo aparente para que isso tivesse acontecido”, relembra, ressaltando que a família está ansiosa pelo julgamento e espera que o caso não fique impune.

O taxista, que tinha 41 anos, foi morto quando trocava o pneu do carro na porta de sua casa, na Quadra 106 Norte, em Palmas. Um homem se aproximou e disparou seis tiros contra Oliveira, que não resistiu aos ferimentos nas costas, rosto e pescoço, e morreu.

O inquérito da Polícia Civil sobre a morte do taxista, concluído em abril de 2015, apontou que o pintor Cléber Venâncio, na época com 39 anos, era o autor do crime e posteriormente o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou denúncia contra o acusado.

Peritos fizeram a reconstituição do crime em 22 de maio de 2015, no local onde a vítima foi assassinada, e durou cerca de três horas e meia. Conforme a investigação, Venâncio foi identificado porque uma testemunha que teria visto o crime e o seguiu até a porta da casa dele. Diante dessa informação, a polícia fez o levantamento de outras provas, como filmagens de câmeras de vigilância em prédios localizados na trajetória realizada pelo suspeito.

Ele foi preso em 19 de fevereiro após receber voz de prisão, na porta da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (Deic), quando foi acompanhar a esposa que seria ouvida. A Justiça decretou sua prisão preventiva e Venâncio permaneceu Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas, onde aguarda o julgamento.