Atualizada às 17:24

A Polícia Civil concluiu as investigações de um caso de importunação sexual e de perseguição de um homem contra professora da academia do Sesc em Araguaína. As investigações apuraram que no final de março o homem, de 27 anos, teria se aproximado da vítima e a assediou sexualmente.

Conforme a Polícia Civil, o homem indiciado com o fim da investigação era aluno no local e teria cometido os crimes contra uma professora. A informação apurada é que o suspeito teria assediado a mulher e pressionado a vítima contra a parede. Neste momento, a mulher empurrou o indiciado. O homem ainda teria passado a mão em suas pernas e partes íntimas da vítima. 

Após o assédio, o suspeito saiu do local deixando a vítima em estado de choque e chorando muito. Posteriormente, em conversa com o suspeito através do aplicativo whatsapp, a vítima informou que se sentiu importunada com a atitude do indiciado. O suspeito, então, teria afirmado que apenas foi uma “brincadeira”.

Ainda nas investigações a Polícia Civil disse que em outro momento a vítima relatou que estava sendo incomodada pelo indiciado há bastante tempo. A situação se caracteriza com uma real perseguição que, segundo a força policial, deixa “claro a invasão e perturbação praticada pelo suspeito contra a liberdade e privacidade da vítima, pois segundo a professora ele sempre ficava tentando tocar sutilmente no corpo da vítima e fazia diversas investidas”.

Em interrogatório, o ainda suspeito afirmou que eram “brincadeiras”. 

Direção

A Polícia Civil ainda disse que a vítima procurou a direção do estabelecimento, que entrou em contato com o setor jurídico, que, por sua vez, orientou a vítima a não registrar boletim de ocorrência, “pois o aluno tinha um contrato com o local e tratariam com ele de forma informal”, conforme a força policial. 

O caso será levado ao conhecimento do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil para que apure eticamente a conduta. 

Ao Jornal do Tocantins, em nota, o Sesc disse "manifestar solidariedade à funcionária, de modo que sempre prestou e vem prestando toda orientação e apoio necessário a colaboradora". Além disso, o Sesc escreveu que "como se tornou uma questão penal, cabe a Polícia Civil adotar os procedimentos necessários ao caso" e está a disposição para as medidas adoção das medidas necessárias dentro de sua competência.