Após a entrega de um Laudo Técnico por parte dos administradores da Galeria Tukana, o antigo Wilson Vaz, localizada na Quadra 104 Sul em Palmas, o prédio está liberado para que os comerciantes voltem aos trabalhos. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), que recebeu o documento nesta terça-feira, 16, e esteve no local no período da tarde, os responsáveis pela edificação realizaram as correções que estavam em falta no que se refere ao projeto de combate a incêndio e pânico.

Segundo o tenente coronel Franco, o documento, que também foi apresentado ao Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE-TO), tem caráter temporário e os responsáveis têm um prazo de 20 dias para apresentarem um novo laudo. “O documento, assinado por um profissional, atesta que a edificação pode funcionar, porém passado esse período, eles (proprietários) devem apresentar um documento mais específico e detalhado, com os possíveis problemas do prédio e esse novo laudo deve conter um cronograma para a resolução desses problemas”, ressalta.   

O Corpo de Bombeiros também afirmar que os proprietários realizaram, além das correções, mudanças no que se refere a estrutura do prédio, que estava com sérios riscos e, conforme a corporação, “era uma das principais causas da interdição por ameaçar colapsar e colocar em risco a segurança e a vida dos frequentadores do local”. 

Os militares informaram que já foi retirada parte de sustentação estrutural do prédio para posterior substituição. Um engenheiro civil assinou o Laudo Técnico atestando todas as ações executadas no edifício, conforme legislação vigente.

Comerciantes

O presidente da Associação dos Inquilinos do Centro, Sávio Ribeiro, afirma que todo esse processo acabou resultando em uma imagem negativa do local. “A gente perdeu muitos clientes com toda essa história, o faturamento da minha loja caiu uns 25% e isso é devido a repercussão que esse problema tomou. Nós (comerciantes) não tivemos culpa de nada, mas agora estamos cientes do que temos que fazer”, comenta o proprietário de uma loja de bolos na galeria.

Interdição 

O prédio estava interditado pelo Corpo de Bombeiro desde o último dia 4, quando a ordem de desocupação deu o prazo de dez dias para os comerciantes desocuparem o local e administração do prédio sanar os riscos. O prazo terminou na última segunda-feira, 15. 

O fechamento do local atendia a uma decisão MPTO, que firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ainda em março de 2018, no qual a administração do prédio tinha um ano para sanar alguns riscos estruturais na edificação e adequar algumas medidas de segurança. Entretanto, o não cumprimento do TAC e o não atendimento das recomendações levaram os bombeiros a notificar os estabelecimentos para retirarem as mercadorias e deixarem as salas da edificação em dez dias.