Após cinco anos que o consumidor de um estabelecimento comercial localizado na Quadra 210 Sul, Avenida LO- 5, em Palmas, solicitou o cancelamento da ligação de água, a Odebrecht Ambiental/Saneatins identificou, na manhã de ontem, uma suposta fraude de água através do desvio da tubulação (by pass). Somente em 2016, os prejuízos com furtos de água chegaram a R$ 33 milhões para a concessionária.

De acordo com o gerente operacional da Odebrecht Ambiental/Saneatins, Rodrigo Lacerda, o cancelamento da ligação aconteceu em dezembro de 2011, e no lote existe um poço artesiano, mas foi percebido que a água utilizada tinha características da fornecida pela concessionária pela qualidade a água.

A constatação do furto aconteceu através do geofone. Para chegar até a ligação foi preciso quebrar o concreto para conseguir alcançar a rede de água antiga e verificar a ligação clandestina. A taxa mínima cobrada pela concessionária a estabelecimentos comerciais nas 47 cidades em que atua é de R$ 168,44 que equivale a dez mil litros de água e o serviço de esgoto.

Conforme Lacerda, para reconhecer as fraudes, o trabalho é minucioso e se inicia pela equipe de inteligência responsável por detectar as variações de consumo do consumidor. “A partir das variações que a gente detecta, a gente abre ordem de serviço para ir ao campo e avaliar as possíveis irregularidades nesses locais”, explicou. Já in loco a equipe é capaz de detectar desvios no hidrômetro, como ligação direta ou hidrômetro danificado, ligação clandestina e rompimento do lacre.

Um dos problemas do furto ou da fraude de água é em relação ao consumo exacerbado pelo usuário. “Primeiro ponto é o dano ao meio ambiente pelo consumo exagerado de água e também quando é feito o desvio a pessoa corre o risco de contaminar a água pública porque está fazendo intervenção indevida, que, às vezes, com um equipamento inadequado, pode provocar a entrada de materiais na rede de água e as pessoas em volta pode sofrer algum tipo de contaminação, além de diminuir pressões e dificultar o abastecimento”, finalizou.

O trabalho de verificação em campo é realizado diariamente pelas equipes da Odebrecht Ambiental/Saneatins. A perícia esteve no local e constatou a fraude.

Uma das responsáveis pelo estabelecimento comercial, identidade não divulgada, foi conduzida à Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Praticados contra Concessionárias Prestadoras de Serviços Públicos (Derfae), pagou fiança e foi liberada ainda na manhã de ontem.