Formada em Serviço Social, Rosângela Barbosa Campos, de 35 anos, trabalhava em uma escola como assistente de pastoral quando teve o primeiro filho, hoje com cinco anos. Após o nascimento de João Felipe, Rosângela conta que passada a licença- maternidade, matriculou o filho em um berçário e voltou a trabalhar normalmente. “Não tivemos grandes problemas de saúde com ele e com cinco meses ele passou a ir para o berçário. E eu continuei trabalhando”, conta.

Mas após o nascimento de Ana Júlia, que também foi para um berçário após a licença-maternidade, a rotina não pôde seguir a mesma ordem, já que a filha, hoje com dois anos, desenvolveu alguns problemas de saúde, como intolerância à lactose. “Praticamente toda semana precisávamos correr com ela para a emergência porque ela também tinha muita infecção de garganta. Acabava um frasco de antibiótico e já tina que começar outro. Sua imunidade era muito baixa e os médicos diziam que era complicado ela conviver com outras crianças”, relembra. “Juntamente com meu esposo, decidi que o melhor era tirar ela do berçário. Precisávamos ter alguém em casa para cuidar dela ou eu teria que parar de trabalhar, e essa foi a opção”, completa.

Mas mesmo se dedicando somente aos filhos, Rosângela diz que trabalha muito e em nenhum momento se sentiu cobrada para tomar a decisão de parar de trabalhar fora para cuidar dos filhos. “A cobrança maior é minha mesmo. Primeiro porque sempre trabalhei, então sinto a necessidade de me manter, mesmo tendo meu marido. Mas é diferente ter seu próprio dinheiro. Mas tento colocar na balança os benefícios de eu não estar trabalhando para meus filhos, que o motivo principal disso”, explica, destacando que é importante acompanhar o desenvolvimento dos pequenos.