Após o acidente que matou Antônio Felizberto dos Reis Filho, de 51 anos, e deixou ferida Frania Rodrigues, de 49 anos, a família do casal reclamou à reportagem do Jornal do Tocantins da falta de médicos para atendimento de plantão no Hospital de Paraíso do Tocantins. As vítimas tiveram que ser transferidas para o Hospital Geral de Palmas (HGP), na Capital, após capotarem o carro em que estavam no km 483 da BR-153, no trecho entre Paraíso do Tocantins e Barrolândia. O acidente ocorreu no último sábado, 4.

“Não tinha médico na escala, e essa situação sempre acontece em Paraíso, que ainda agrega todas as cidades vizinhas. Deixa a desejar não ter médicos no final de semana, sendo que são nesses dias em que mais acontecem emergências”, comentou uma parente próxima do casal que preferiu não se identificar.

A mulher ainda diz que no momento em que as vítimas chegaram à unidade, os atendentes teriam ligado para médicos para informar da emergência, mas não houve sucesso. “Disseram que era grave e não tinha cirurgião. A preocupação agora é que isso que aconteceu comigo pode acontecer com outras famílias. Isso é um problema de gestão e falta de organização”, lamenta a parente das vítimas.

Ela informou ainda que Frania foi transferida para o HGP e na tarde deste domingo, 5, passou por um procedimento cirúrgico e não sabia do falecimento do esposo. O velório de Antônio ocorreu em Barrolândia, e o enterro também será no município.

Estado

Questionada sobre a falta de médicos no Hospital de Paraíso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclareceu que o caso relatado tratava-se de um quadro gravíssimo, com hemorragia de baço, fígado, tórax e perda de movimento das pernas, e que o paciente foi atendido equipe multiprofissional da unidade de Paraíso.

Destacou que foram realizados todos os socorros necessários e, após estabilização clínica, decidiu pela transferência do mesmo para o Hospital Geral de Palmas (HGP), com acompanhamento médico, por necessidade de cirurgia de grande porte, inclusive com UTI pós-operatória.

Já na sala vermelha do HGP, o paciente teve parada cardiorrespiratória, tendo sido reanimado, mas infelizmente, veio a óbito. A SES ainda lamentou o ocorrido e se solidariza com os familiares do paciente.