Por ser um tratamento de alto valor, entre R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês, a alternativa de pacientes que precisam da somatropina, medicamento necessário para o pacientes com deficiência no hormônio do crescimento, é procurar o Estado. Porém, o medicamento está mais uma vez em falta na Assistência Farmacêutica do Estado. E por conta da falta, a Justiça bloqueou R$ 194.644,80 para viabilizar a aquisição e o fornecimento.    

Conforme informações da Defensoria Pública do Estado (DPE-TO), o despacho foi feito na última quinta-feira, 19, e bloqueio no mesmo valor já havia sido necessário em junho deste ano, devido ao descumprimento do Estado diante da decisão judicial que o obriga a fornecer o medicamento de forma regular.

Conforme o órgão, apesar de haver sentença para o Estado fornecer o medicamento de forma regular, a decisão é descumprida frequentemente, já que somente esse ano, a DPE-TO verificou a suspensão no fornecimento do medicamento em fevereiro, abril e junho.

Em 2016, o Ministério Público do Estado (MPE-TO), e a DPE-TO ingressaram uma Ação Civil Pública (ACP) em virtude da irregularidade do fornecimento da somatropina, situação que prejudicava o tratamento dos portadores de hipopituitarismo. A sentença foi publicada em 16 de maio de 2017, obrigando o Estado a regularizar o fornecimento da somatropina, mas isso não tem ocorrido.

Estado

Questionada sobre o problema que afeta muitos pacientes, a Secretaria de Estado da Saúde informou, em nota, que houve atraso na entrega do medicamento somatropina pelo fornecedor, mas que o abastecimento já foi normalizado a última sexta-feira, 20, na Assistência Farmacêutica. Porém ressaltou que há instabilidade no sistema do Ministério da Saúde e por isso tem ocorrido atrasos na dispensação da somatropina, mas que o mesmo está sendo restabelecido.

Sobre o bloqueio pela Justiça, a pasta ressalta que já foi notificada e irá recorrer da decisão por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE). 

Atualmente o Estado atende em média 200 pacientes que utilizam tal medicamento e quem quiser fazer reclamações pode ligar na Ouvidoria do Ministério da Saúde através 136.