Em voo com origem em Manaus (AM), chegou na madrugada desta sexta-feira, 18, no aeroporto de Palmas, o ex-policial militar do estado do Pará, Wanderson Silva de Souza, acusado de envolvimento na morte do advogado Danilo Sandes, em Araguaína em julho de 2017. 

Segundo o governo do Estado, o preso viajou acompanhado do delegado-chefe da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP) de Araguaína, Guilherme Coutinho Torres e já está a caminho de Araguaína, onde ficará na Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA).

Equipes da Polícia Federal e Polícia Civil dos estados do Tocantins e Roraima capturaram Wanderson Souz no dia 3 de dezembro em Boa Vista (RR), no Bairro Monte das Oliveiras. Ele havia se mudado há pouco tempo para uma residência, onde as equipes o localizaram e efetivaram a prisão nesta madrugada.

Ele fugiu do 1° Batalhão da Polícia Militar em Palmas, onde estava em prisão preventiva, na tarde do dia 5 de outubro no ano passado.

O crime 

O advogado desapareceu em 24 de julho de 2017 e seu corpo foi encontrado cinco dias depois na TO-222, próximo a Filadélfia, a 479 km de Palmas. Ele teria sido ferido por duas perfurações feitas por bala. Souza, juntamente com outros três acusados de matar Sandes- Rony Marcelo Alves Paiva, João Alves Santos Júnior e Robson Barbosa da Costa -, foram indiciados pela Polícia Civil após conclusão do inquérito policial pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo.  Em novembro de 2017 os quatro se tornaram réus no processo. 

O farmacêutico Robson Barbosa da Costa era apontado como ex-cliente da vítima e quem havia encomendado o crime motivado por um desentendimento entre ele e Sandes. Costa tentava ocultar bens em uma ação de inventário, mas Danilo não concordou e saiu do processo. 

O advogado representava o farmacêutico na disputa por uma suposta herança de R$ 7 milhões.