Vários manifestantes se reuniram na manhã desta terça-feira, 13, no auditório do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), para participar de uma assembleia a respeito da paralisação nacional contra as verbas que foram retiradas na Educação e também contra a Reforma da Previdência, que foi aprovada em segundo turno neste mês na Câmara Federal. 

Nesta manhã, a pauta estudantil cita sobre o programa Future-se, do governo federal, que na opinião da comunidade acadêmica será um retrocesso para a educação. Já a tarde ocorrerá um ato político e debate público, com concentração às 17 horas, no Parque dos Povos Indígenas, em Palmas. 

O representante regional da União Nacional dos Estudantes, Pedro Assunção, explica que o debate é para mostrar que o assunto não foi discutido com os estudantes e nem com a comunidade acadêmica. “O programa fere a constituição federal porque a lei é clara e cita sobre autonomia de gestão financeira e não autonomia financeira como é a proposta do programa. A universidade perderá o caráter público na medida que recebe mais recursos da iniciativa privada”. 

O programa será apresentado aos estudantes do Instituto Federal. “Também abriremos um espaço para debates onde os estudantes tiraram suas dúvidas a respeito do programa”.

Mobilização 

A mobilização convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em conjunto com entidades sindicais e movimentos sociais realizará atos nas 27 capitais, no Distrito Federal, além de cidades do interior por todo o país.

Protesto

A paralisação nacional protesta contra os recentes cortes no orçamento do Ministério da Educação promovidos pelo governo Jair Bolsonaro. 

De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT-TO) e Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Tocantins (Sintet), José Roque, as universidades e institutos federais estão entre os mais afetados, porém, a educação básica também é ameaçada com os cortes. 

Na última quarta-feira, 7, um novo bloqueio no orçamento do Ministério da Educação (MEC), no valor de R$ 348 milhões, foi divulgado pela equipe do governo federal. 

“Os constantes ataques contra a educação pública colocam em evidência a privatização da educação, comprometendo nosso emprego e consequentemente nossos salários. Precisamos sair da zona de conforto e ir às ruas protestar contra o desmonte da educação pública, contra o fim da aposentadoria e contra toda retirada de direitos da classe trabalhadora”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.  

No Tocantins, além da capital, municípios como Peixe e Formoso do Araguaia irão também realizar o ato. Nesses locais, terá paralisação das atividades escolares. “Hoje é um dia nacional de luta contra os constantes ataques na educação pública que colocam a evidência a privatização da educação comprometendo nosso emprego e consequentemente nossos salários”.