Para que situações como as dos nossos entrevistados não se repitam, especialistas alertam que alguns cuidados são importantes, principalmente para quem mora ou tem o hábito de ir na zona rural. Já na cidade, a prática de manter jardins e quintais limpos, evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas e limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos também pode evitar o aparecimento dos indesejados animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões e outros.

Os visitantes são bem comuns nessa época do ano, porque no período chuvoso esses animais procuram abrigo em locais secos, o que aumenta a ocorrência desse tipo de acidente.

Atenção

Segundo o analista do setor de Entomofauna do CCZ, o biológo Jorge Luíz de Sousa, como é comum o aparecimento desses animais nessa época é importante que a população fique atenta para alguns cuidados, como por exemplo, não acumular lixo, nem resto de comidas próximo à casa, isolar a entrada embaixo da porta e também evitar camas encostadas nas paredes e lençóis arrastando no chão. “Pequenas atitudes podem nos livrar de acidentes. Alguns animais, como as aranhas têm alimentação farta e a água da chuva acaba tirando o habitat dela e às vezes pode acontecer dela entrar debaixo da porta. Os escorpiões também aparecem muito nessa época porque eles se alimentam de insetos. E no período chuvoso é o que mais tem e atrás desses insetos sempre tem um animal peçonhento”, informa.

Primeiros-socorros

Já em caso de acidentes, o analista aconselha que a vítima lave o local apenas com água corrente e sabão; mantenha o paciente deitado e hidratado; não faça torniquetes; não corte e nem perfure o local da picada; não coloque folhas, pó de café ou outros contaminantes no machucado; não ofereça bebidas alcoólicas, querosene, fumo ou outros tóxicos e por fim, procure o serviço médico mais próximo e se possível, leve o animal para identificação. “Outra dica é que a pessoa pode fazer uma compressa com gele, porque além de diminuir a dor, vai também reduzir a ação do veneno”, indica.

As cobras parecem ser visitas frequentes no Tocantins, o engenheiro civil Marcelo Pereira Sousa conta que há dois meses, o seu filho de quatro anos estava brincando em um rio perto de Palmas, quando foi picado por uma cobra. Após alguns minutos do incidente, Marcelo foi verificar na água o que tinha ocorrido e também foi atingido pelo animal. “No momento senti bastante dor. Sentia muita pressão no local da picada. Meu filho não chorou muito, mas reclamou de dor. Imediatamente nós dois procuramos atendimento na UPA e passamos a tarde tomando soro. E hoje está tudo bem”, narra.