Uma carta enviada ao governador Mauro Carlesse (DEM) com a relação de pelo menos 47 entidades que vão de sindicatos, lojas maçônicas, associações de contabilistas e do comércio, entre outras, tece críticas às medidas adotadas pelo governo do Estado no enfrentamento ao novo coronavírus e faz cobranças ao chefe do executivo.
“Até o momento, o que se tem visto como medida de combate por parte da gestão pública são apenas determinações que restringem ou proíbem o trânsito de pessoas e o comércio tido como “não-essencial”, mas medidas efetivas para sustentar essas restrições não tem sido tomadas”, criticam a 47 entidades. 
As entidades afirmam que não há mais leitos de UTI para qualquer tipo de doença na região macro-norte do Estado. Para o grupo, infartos, cânceres e diversas outras doenças não deixarão de existir e também precisarão ser tratadas durante a pandemia.
 
A região compreende as cidades do Bico do Papagaio, médio norte Araguaia e algumas cidades da Região Cerrado Tocantins Araguaia. Assinam a carta 23 sindicatos diversos, 10 lojas maçônicas, 2 associações de contabilistas, 6 associações comerciais e industriais, uma federação do comércio, uma subseção da OAB e 4 clubes do Rotary.
 
A carta cobra “urgentemente” a ampliação da capacidade da região macro-norte para o atendimento dos tocantinenses ali residentes e protesta que a população não pode “depender apenas da sorte”. O grupo exige um “posicionamento” do governo do estado sobre as reivindicações.
 
O JTo pediu uma resposta do governo à carta. A Secretaria da Comunicação encaminhou uma matéria publicada no site institucional do Executivo sobre uma autorização para contratar 10 leitos de UTIs para Covid dentro de 15 dias e outros 1 leitos em até 45 dias. 
 
Segundo a publicação, Araguaína será o principal centro de leitos UTIs para Covid-19 do Estado, com 18 UTIs no Hospital Regional de Araguaína (HRA), 10 no Dom Orione e as próximas 20 contratadas no Instituto Sinai.
 
A publicação também lembra a distribuição de cestas básicas de 17 mil famílias de estudantes da rede estadual de educação em Araguaína e lembra que houve outros segmentos beneficiados como mototaxistas, taxistas, músicos, artesãos, idosos e os assentamentos do município.