Com mais de 2 mil casos confirmados da Covid-19 no Tocantins e uma escalada da doença no Estado, as medidas restritivas, para tentar evitar um número ainda maior de infectados, devem seguir em vigor por tempo indeterminado. Entre elas estão o isolamento social e o fechamento de grande parte do comércio nas cidades tocantinenses, como acontece em quase todo País.

Para ajudar no combate ao vírus, a solidariedade é uma arma que tem feito a diferença na vida de muita gente. Araguaína é a cidade tocantinense com maior número de casos confirmados da doença e deve ultrapassar os mil registros neste sábado, 23. Das 49 mortes em decorrência da doença no Tocantins, o município é também o que mais registra óbitos, são 12 até o momento.

Tento em vista o momento complicado que a cidade atravessa, o Grupo Nosso Lar fez uma doação, no último dia 20 de maio, de R$ 350 mil à Prefeitura Municipal de Araguaína. Com essa ajuda, além de outros recursos governamentais, a Unidade Corona Norte (UCN) abriu suas portas na quinta-feira, 21, para tratar exclusivamente de pacientes em tratamento da Covid-19. Segundo a prefeitura a unidade dispõe inicialmente de 20 leitos e cinco deles já estão em pleno funcionamento. Os outros 15 vão funcionar de forma gradativa.

“Neste momento, muitas famílias perderam suas fontes de renda e passaram a contar com a doação de alimentos e insumos. O sistema de saúde nacional está sobrecarregado e precisa de contribuições, com isso o Grupo Nosso Lar que não poderia deixar de contribuir com as pessoas nesse momento tão delicado, ajudamos na compra de respiradores e EPIs, e doamos cestas básicas a quem precisa.”, destacou Eliane Moura, uma das gerentes das lojas do grupo.

Cestas básicas

Com as medidas de segurança para evitar a disseminação da doença, muitos trabalhadores precisam ficar em casa, o que ocasiona um comprometimento da renda. Apesar do auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) liberado pelo Governo Federal, muitas famílias passam por necessidade, pois, precisam pagar contas e se alimentarem.

Em Palmas, as empresas de energia solar, Cromo Solar e BGC Solar, fizeram doações de cestas básicas para ajudar famílias em dificuldades. A igreja Mãe Rainha foi um dos locais que recebeu 40 cestas da Cromo Solar, que tem o engenheiro eletricista Leonardo Castanhel como um dos sócios. “A gente comprou 46 cestas, depois comprou mais 20 e pretendemos comprar mais no final desse mês. Vi muita gente doando EPIs, mas nossas doações serão destinadas através das cestas. Queremos fazer uma campanha maior e precisamos nos organizar, tem muita gente passando fome.”, pontua o engenheiro.

O atacante tocantinense Ricardo Lopes, que defende o Shanghai SIPG, da China, também decidiu ajudar com uma doação de 350 cestas básicas para comunidades carentes de algumas cidades do Estado. Além de Nova Rosalândia, cidade natal do jogador, as doações aconteceram em Ipueiras, Oliveira de Fatima e Santa Rita.

Pelo período de três meses, a procuradora Cecília Amália Cunha Santos, do Ministério Público do Trabalho de Araguaína, promoveu a destinação de R$ 47.240,28, para aquisição de cestas básicas e produtos de higiene para comunidades tradicionais do Tocantins. O pedido foi deferido pelo juiz do Trabalho Daniel Izidoro Calabro Queiroga, da 2ª Vara do Trabalho de Palmas.

Serão atendidas: 40 famílias Krahô-Kanela; 250 famílias nas aldeias Santa Isabel, Fontoura, JK, Worebia, Watau, Uiwa, Werreria do povo Iny Karajá; 36 famílias da Comunidade Quilombola Lagoa da Pedra, 40 famílias da Associação de Pescadoras Artesanais de Miracema e 46 famílias da comunidade quilombola Mumbuca, situada no município de Mateiros.