O Brasil registrou 615 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 6. Com isso, o total oficial de vítimas do novo coronavírus no Brasil subiu de 7.921 para 8.536.

O número oficial de casos confirmados da covid-19 no País passou de 114.715 para 125.218, sendo 10.503 novos casos registrados entre ontem e hoje.

Conforme ressalta o governo, o número de mortes registradas por covid-19 nas últimas 24 horas não se refere efetivamente a quantas pessoas faleceram de um dia para o outro, mas sim ao número de mortes que tiveram o motivo de coronavírus confirmado nesse intervalo. Mesmo assim, os números oficiais vêm numa crescente. Ontem, foram 600 novas mortes registradas pela doença no País. 

Em coletiva de imprensa na terça, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que ainda não há informações disponíveis para afirmar quando, efetivamente, ocorrerá o pico dos casos de contaminação e mortes pela covid-19 nos cinco Estados mais afetados pela doença no País:  São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Amazonas.

Em meio à incerteza e na tentativa de conter o avanço do vírus e das mortes, governadores e prefeitos já apostam em medidas mais restritivas e endurecem as regras de isolamento social. O Pará decretou lockdown em Belém e mais nove cidades a partir de amanhã, mesma medida que passou a vigorar ontem em São Luís. No Ceará, o governo estendeu a quarentena e anunciou normas mais rígidas para Fortaleza. 

Já o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), anunciou na terça que vai aumentar a fiscalização para punir quem está descumprindo as medidas de isolamento social. A ordem é que a Polícia Militar feche estabelecimentos que estejam abertos sem autorização ou permitindo aglomerações. Pessoas flagradas em aglomerações serão levadas para delegacias e autuadas pelo crime de desobediência.

Em São Paulo, um decreto torna obrigatório o uso de máscaras em todos os locais públicos do Estado a partir de quinta-feira, 7, e prevê multa que vai variar de R$ 276 a R$ 276 mil para pessoas físicas e estabelecimentos  que descumprirem a regra, além de detenção por até um ano. Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decretou na terça-feira, 5, diversas medidas, como a obrigação da reserva de horário exclusivo para atendimento a idosos em bancos e comércios, a atribuição à Polícia Militar e a agentes sanitários de fiscalizar o uso obrigatório de máscaras e a elaboração de critérios para pacientes prioritários de UTI no caso de falta de leitos.