Em uma reunião do Comitê Executivo para Monitoramento das Ações da Saúde no Estado do Tocantins (Cemas) o problema da sobrecarga do Hospital e Maternidade Dona Regina esteve em pauta. Recentemente, o Jornal do Tocantins divulgou uma denúncia sobre recém-nascidos que ficaram aguardando leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Nesta reunião, ocorrida na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPTO) cobrou a execução do projeto de construção da nova sede própria da unidade hospitalar. 

No momento, o  promotor de Justiça Thiago Ribeiro Franco Vilela relatou as diversas inspeções  realizadas no hospital e maternidade em 2020 e 2021. Em sua fala, o representante do MP, atribuiu a sobrecarga à ineficiência dos municípios em realizar exames pré-natal e à ausência de uma maternidade municipal em Palmas.

Também foi apontado como causador desse problema a pandemia da Covid-19 que tem exigido o isolamento de salas cirúrgicas durante o atendimento a pacientes suspeitas ou infectadas com a doença. O período também está coincidindo com o aumento da quantidade de partos prematuros, conforme os próprios profissionais da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Apesar do Dona Regina tem um quadro de 1.016 profissionais, existe uma insuficiência de pessoal também. 

Ainda na reunião, a SES disse que a construção de uma sede própria para essa unidade hospitalar é uma meta de longo prazo, que tem estimado o recursos de R$ 115 milhões. Esse novo prédio terá área ocupada de aproximadamente 16 mil metros quadrados e abrigará um total de 345 leitos. Entretanto, por ser meta de longo prazo, antes, a Saúde Estadual  pretende reformar a sede atual. Essa reforma estava prevista para começar no ano passado, entretanto, devido a pandemia teve que ser suspensa. 

Para solucionar a sobrecarga, a SES apresentou alternativas de curto e médio prazo na reunião. Uma das medidas é a  abertura de dez novos leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) no próprio hospital, a contratação de leitos adicionais privados de UTI e a revisão do plano de contingência, além dos fluxos e protocolos assistenciais.

Essa reunião contou com a presença da juíza Milene de Carvalho Henrique e também, além de Vilela, da promotora de Justiça Bartira Quinteiro. Também estavam representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Defensoria Pública Estadual (DPE) e do Conselho Estadual de Saúde (CES).