Atualizada às 13h08.

A morte do desembargador aposentado e escritor Liberato Póvoa, que ocorreu por volta das 3h30 desta quarta-feira, 25, entristeceu o feriado de Natal de quem conviveu com ele, seja no meio Jurídico ou na escrita.

O Tribuinal de Justiça do Tocantins, onde Póvoa atuou por anos, lamentou profundamente o falecimento. “Neste momento de extrema consternação, o Tribunal externa suas condolências e roga a Deus por conforto aos corações dos familiares e amigos”, diz trecho de nota.

O Judiciário informou ainda que o desembargador aposentado integrou a primeira composição do Tribunal de Justiça do Tocantins, em 1989, como vice-presidente. Também foi presidente da Corte Estadual entre 29 de novembro de 1989 a 1º de fevereiro de 1991. Ocupou ainda o cargo de corregedor-geral da Justiça. Atuou como professor de Direito Internacional da Universidade do Tocantins (Unitins), era membro fundador da Academia de Letras Jurídicas do Estado do Tocantins e autor do Hino do Tocantins. Ganhou  notoriedade, ainda, pela vasta produção literária ao longo de sua trajetória.

"Importante nome do Judiciário tocantinense, Liberato prestou relevantes serviços à Justiça do nosso Estado, principalmente em sua fase de instalação, contribuindo também com o desenvolvimento do Estado do Tocantins. Integrante da Academia de Letras Jurídicas do Tocantins, deixa seu legado em inúmeras obras publicadas. Registro meus sentimentos e solidariedade a todos os amigos e familiares, neste momento de profunda tristeza", declarou o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, desembargador Helvécio de Brito Maia Neto.

Também através de nota, o governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), lamentou o falecimento do desembargador aposentado e se solidariza com familiares neste momento. "Rogo a Deus para que conforte familiares e amigos neste momento de grande comoção".

O advogado Dídimo Heleno, primo e sucessor de Póvoa na Coluna Judiciário do Jornal do Tocantins, escreveu: “Morre um pedaço da nossa literatura, do nosso folclore. Era um homem que gostava de sua gente e que se orgulhava da sua origem. Natural de Dianópolis deixou vários livros escritos e era conhecido e reconhecido pela inteligência aguçada e presença de espírito. Tive a honra de assumir a coluna "Judiciário" no Jornal do Tocantins, que foi assinada por ele durante muitos anos. Era meu primo e amigo particular. Deixa saudades”.

Francisquinha Laranjeiras, presidente Associação Palmense de Letras (APL) destacou que o teve o prazer de prefaciar o primeiro livre sobre expressões regionais do desembargador aposentado, e lamentou a perda do amigo.

O Ministério Público Estadual (MPE-TO) também se manifestou em solidariedade “aos inúmeros amigos e principalmente à sua família, desejando conforto neste momento de luto”.

“Manifesto o nosso profundo pesar pelo falecimento do desembargador Liberato Póvoa. Tocantinense, natural de Dianópolis, o jurista se notabilizou pela competência e seriedade deixando um legado de relevantes serviços aos tocantinenses. Já exerceu a função de governador do Tocantins e foi membro fundador da Academia Tocantinense de Letras. Lamentamos o seu falecimento e nos solidarizamos com os filhos, familiares e amigos”, destacou o deputado federal Vicentinho Júnior em nota.

Saúde delicada

Liberato Póvoa tinha 75 anos , e entre altos e baixos em seu estado de saúde, não resistiu à batalha contra um câncer na bexiga. Em novembro precisou ser internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital da capital goiana, onde fazia tratamento contra a doença.

Segundo informações de seu irmão Deodato Póvoa, em dezembro ele apresentou melhor e chegou a voltar para casa, mas há dois dias sua saúde recaiu, e na madrugada deste feriado de Natal, não resistiu.

O velório está previsto para ocorrer no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia, a partir das 14 horas, e o enterro será nesta quinta-feira, 26, às 10 horas.

Liberato Póvoa deixa a esposa Simone e os filhos José Átila, Rodrigo, Alessandro, Khetylyn e Victória.

Notas de pesar

Confira mais notas lamentando o falecimento de Póvoa:

"O prefeito Moisés Avelino manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do desembargador aposentado Liberato Póvoa. Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares ratificando nosso voto de pesar pela grande perda e agradecimentos à dedicação e trabalho prestado ao Tocantins", Prefeitura de Paraíso do Tocantins.

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"Com profundo pesar a Prefeitura de Dianópolis recebeu a notícia do falecimento do Desembargador aposentado do estado do Tocantins, José Liberato Póvoa, ocorrido nesta quarta-feira, 25, em Goiânia (GO). Aos 75 anos, Liberato que é natural de Dianópolis, deixa um legado de trabalho, profissionalismo, comprometimento e justiça. Exerceu vários cargos de destaque dentro do estado, dentre eles a presidência e vice-presidência do Tribunal de Justiça do Tocantins, corregedoria da Justiça, presidiu todas as principais Comissões Permanentes, foi professor de direito internacional na Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), membro fundador da Academia de Letras Jurídicas do Tocantins e das Academias Tocantinense e Dianopolina de Letras.

Escritor nacionalmente conhecido, deixa um legado para a literatura brasileira com excelentes obras que fazem parte de editais de vestibulares nos estados de Goiás e Tocantins. Motivo de orgulho para os dianopolinos, Liberato deixa seu legado com relevantes serviços prestados ao povo tocantinense, sendo exemplo também para o estado de Goiás, onde chegou a concorrer à vaga de deputado federal em 2018.

A Prefeitura de Dianópolis lamenta profundamente o falecimento deste cidadão dianopolino ilustre e decreta luto oficial por três dias. Rogamos a Deus o conforto aos familiares e amigos neste momento de tristeza e saudade", Prefeitura de Dianópolis