O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH), Conselho Estadual dos Direitos Humanos de Palmas (CDHP) e o Centro Indigenista Missionário (CIMI) protocolaram no Ministério Público Federal (MPF) e órgãos estaduais um documento com 20 recomendações e cobranças sobre as ações de combate à Covid-19 nas comunidades indígenas do Tocantins, principalmente das comunidades indígenas da região de Formoso do Araguaia, a mais afetada pela pandemia.
 
Uma das recomendações é feita ao Ministério da Saúde (MS) para que construa um hospital de campanha no território indígena da Ilha do Bananal, e onde mais for necessário. Também incluem a criação de barreiras sanitárias, que impeçam o ingresso de pessoas nas terras indígenas e inclusão de medida emergencial de "contenção e isolamento dos invasores, criadores de gado e turistas" para evitar acesso de não-índios às comunidades indígenas. 
 
As entidades citam notícia da existência de cerca 350 vaqueiros morando ou circulando no interior da ilha do bananal com uso de armamentos e maquinários para manuseio do gado e lembram da investigação do Ministério Público para apurar a o assassinato de um indígena Avá Canoeiro em 2018.
 
Também querem que a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) cumpra normas federais e estabeleça medidas temporárias de prevenção à infecção e propagação do coronavírus com restrição de acesso às terras indígenas.
 
O documento defende a elaboração de um Plano de Enfrentamento da Covid-19 para os Povos Indígenas Tocantinenses, com a participação do Conselho Estadual de Direitos Humanos e dos representantes das comunidades indígenas, com indicação dos representantes das comunidades indígenas e apoio técnico da Fundação Oswaldo Cruz e do Grupo de Trabalho de Saúde Indígena da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), além de indicados pelo governo estadual.
 
Confira a íntegra no documento abaixo.