O deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), ironizou o ataque do homem que matou ao menos cinco pessoas e feriu outras a golpes de fação, durante invasão a uma escola infantil no município de Saudades, oeste de Santa Catarina, a 67 km de Chapecó, na manhã desta terça-feira, 4.

O tucano, que é favor do armamento da população civil e chegou a coordenar reuniões de movimento pró-armas na capital fez uma postagem irônica sobre o ataque com um emoji sorrindo. A postagem, do tipo stories, que dura um dia no ar continha a mensagem: “Vamos proibir a venda e comercialização de facão para evitar tragédia, né?!”

Ele apagou essa postagem e publicou outra logo em seguida, na forma de enquete. Nesta nova postagem, ainda no ar, o deputado questiona se a proibição da “comercialização e venda” de facão evitaria tragédias como a desta sexta-feira. 

Ao Jto, o deputado não reconheceu a ironia da postagem, usada para comparar o facão com armas de fogo e disse apenas o “emoticon foi errado”.
“Na primeira postagem, emoticon foi errado. Só vi depois que me mandaram. Postagem rápida. Mas a postagem que está no ar e a da sequência é posição que defendo”, disse.

Questionado sobre a postura de ironizar o ataque como forma de defender a posição armamentista, o deputado afirma que ajustou a publicação para evitar esse entendimento e “não tirarem de contexto" da defesa de armas à população.  "São tragédias como essas que servem pra refletir. Bandidos não usam armas legais. Foi uma analogia a armas de fogo, pra fazer refletirem. Pessoas matam, faças, tesouras, armas de fogo, pedaço de pau, ou mesmo sem nada, pessoas matam pessoas…Armas são instrumentos de defesa que podem ajudar na defesa de quem venha querer fazer mal a você ou família”.

Repercussão

Nas redes, as postagens do deputado repercutiu de forma negativa. Vários usuários do Twitter criticaram a posição do tucano. O psicólogo e empresário Bruno Barros Barbosa apontou "vazio" no coração do parlamentar.

A advogada Lucaiana Cerqueira também criticou a postura do tucano.

Outro usuário, o advogado João Paulo Marian optou por responder ao deputado apontando que se o autor da tragédia estivesse com arma de fogo as mortes poderiam ser até em maior quantidade.