Somente neste ano, o Tocantins teve 1.147 casos de dengue, 177 de zika e 28 de chikungunya, essa última apresenta mais casos em relação ao ano passado, onde o Estado registrou 18 casos. Até o momento, há uma morte confirmada de dengue e três óbitos em investigação. Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

Já em Palmas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (Semus), houve 1.311 notificações de dengue, sendo 436, ou seja, 33%, delas confirmadas. Também segundo o Município, 102 casos notificados de chikungunya e 10 confirmados (9%) e 83 casos notificados de zika e quatro (5%) confirmados.

A pasta ressalta   que um dos lugares que mais preocupam é no Jardim Aureny IV e Setor Universitário, porque os locais registraram aumento de mosquitos Aedes aegypti que transmitem dengue, zika e chikungunya nas residências.

Segundo a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonose de Palmas (UVCZ), no mês passado, em visita aos imóveis deste setor, os agentes de endemias encontraram grandes amontoados de pneus, lixos acumulados com recipientes de água parada. Os proprietários foram notificados e receberam um prazo para a retirada de todos os materiais expostos em lugar impróprio.

De acordo com o órgão, o caso do Setor Universitário vem se repetindo em outras regiões da Capital, o que acende o alerta da UVCZ. Para o coordenador da UVCZ, Auriman Cavalcante, os números apontam preocupação e alerta para medidas que a população deve adotar nas suas casas e pátios para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

O coordenador explica que para conter a proliferação do mosquito, a UVCZ, realiza ações durante o ano inteiro. “Temos o intuito de detectar, remover, eliminar ou tratar possíveis criadouros do mosquito, além disso, os agentes reforçam as orientações aos moradores sobre como evitar a proliferação do vetor no seu imóvel”, acrescenta.

Doenças

As doenças transmitidas pelo Aedes se tornaram, nos últimos tempos, um grande problema de saúde pública devido ao número de notificações e alto índice de adoecimento da população. No caso da dengue, sua forma mais complicada é a dengue grave (conhecida popularmente como dengue hemorrágica), a chikungunya pode deixar sequelas por toda a vida de uma pessoa, e a zika pode trazer complicações neurológicas em casos mais graves.

De acordo com o gerente da UVCZ, a maneira mais adequada para evitar notificações dessas doenças, é a informação da sociedade sobre os perigos que elas podem causar, além da consciência que todos devem fazer sua parte. “Manter lixeiras bem tampadas, não deixar mato alto e nem recipientes que podem se tornar suscetíveis a essas doenças, são pequenos cuidados que já fazem uma grande diferença para a saúde de todos”.

Cuidados

- Tampe os tonéis e caixas d’água;

- Mantenha as calhas sempre limpas;

- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;

- Mantenha lixeiras bem tampadas;

- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;

- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;

- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;

- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

Área externa de casas e condomínios

- Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;

- Limpe ralos e canaletas externas;

- Atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;

- Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas para evitar formação de poças d’água;

- Verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.