Após a exumação de um corpo para a investigação da morte em Rio dos Bois, a Polícia Civil divulgou a conclusão do inquérito e concluiu que o funcionário público Josivam Alves Fidélis, de 28 anos, não tinha morrido de causas naturais e sim vítima de um homicídio. O crime ocorreu em junho deste ano e, ainda nesta semana a prisão do principal suspeito do crime, um homem de 34 anos conhecido como ‘Calango’. 

Conforme a Polícia Civil, desde a época da morte, no dia 13 de junho, às circunstância do fato despertou suspeitas de que pudesse se tratar de um crime e não de morte natural, como havia sido registrado no Boletim de Ocorrência. “Me causou muita estranheza o fato de o corpo ter sido enterrado sem qualquer tipo de procedimento legal, ou seja, não houve atestado de óbito, acionamento do Samu, Perícia, tampouco o IML foi notificado para fazer o recolhimento do cadáver, sendo que dava a entender que alguém estava tentando esconder a verdadeira causa da morte da vítima, que foi enterrada poucas horas depois de sua morte”, disse o delegado Pedro Henrique Félix Bernardes.

Ainda segundo a autoridade policial, as versões contadas pelas testemunhas que estavam com a vítima em uma confraternização horas antes de sua morte não convenceram os policiais. A história era que Fidélis poderia ter morrido devido ao consumo excessivo de bebida e, por ter comorbidades. Entretanto, a Polícia Civil aprofundou as investigações em julho e realizou a exumação do corpo da vítima do cemitério da cidade, com equipes do Instituto de Medicina Legal (IML) e do Instituto de Criminalística. 

Após os exames realizados no corpo de Fidélis, a Polícia Civil contatou com laudos que havia sinais claros que a vítima tinha sido assassinada por esganadura, como mostravam as marcas ainda presentes em seu pescoço. Com base nesses resultados, a morte passou a ser tratada como um caso de homicídio e novamente ouviu testemunhas e coletou evidências do caso. As provas mostram que a vítima teria sido morta por Calango, que também estava na festa. 

Nas investigações, a Polícia Civil descobriu que os dois, suspeito e vítima, trabalhavam juntos como garis para a Prefeitura de Rio dos Bois, e no dia do crime, durante a festa houve consumo de bebidas e também de drogas na casa do suspeito. A vítima devia R$ 50 ao suspeito e, em determinado momento, o Calango passou a cobrar Fidélis. Posteriormente, o homem teria se excedido e passou a golpear a cabeça da vítima com uma garrafa com gelo, o suspeito preso ainda teria esganado, com as próprias mãos, e  estuprado a vítima. 

Ainda conforme a apuração policial, após o assassinato, o suspeito preso providenciou rapidamente o enterro da vítima. Entretanto, o caso ganhou muita repercussão na cidade devido a suspeita da morte não natural de Fidélis. Além disso, no dia da exumação, o suspeito do crime compareceu ao cemitério para ajudar na ação. Na época, o suspeito preso chegou a ser ouvido na Delegacia de Polícia Civil, mas negou participação na morte de Fidélis e foi liberado. 

O suspeito preso foi enviado a Cadeia Pública de Miranorte e deve responder por de homicídio qualificado por motivo fútil e também por estupro. “Importante frisar que o indiciamento pelo crime de estupro de vulnerável se deu em virtude do fato de que a vítima estava em completo estado de embriaguez e, portanto, não teve como oferecer nenhum tipo de resistência”, ressaltou o delega o Bernardes.