Em apenas três dias, junho já registrou 146 focos de calor no Tocantins, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se dividido pelos municípios, cada uma das 139 cidades teria registrado pelo menos 1,05 caso nos últimos dias. Já desde o início do ano, o Estado teve 1.279 focos, que representam um crescimento de com relação ao mesmo período do ano passado, quando eram 991 desde janeiro. 

Entre os focos dos últimos dias, nesta quinta-feira, 3 - último dia contabilizado pelo Inpe - está um foco de fogo registrado em uma área verde de Palmas. O fogo atingiu uma área verde no Sul de Palmas, às margens da Avenida NS 10. O Jornal do Tocantins esteve no local e fotografou o combate das chamas realizado pelo Corpo de Bombeiros.   

Outro dado marcante do Inpe é que no mês de maio o Tocantins teve 851 focos de calor, o maior número detectado pelo satélite contabilizados pelo Inpe desde que o monitoramento começou a ser realizado, em 1998. Em meio a esse cenário de crescimento nos casos de foco de calor, o Comitê Estadual do Fogo para 2021 lança mais uma meta do plano de ação de combate para conter esses números. 

Marcado para a próxima segunda-feira, 8, o chamado Foco no Fogo terá cerimônia de lançamento na sede do Corpo de Bombeiros em Palmas, às 8 horas. A iniciativa proposta pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) visa estabelecer um olhar de apoio também para as famílias carentes que vivem na zona rural em todas as regiões do Tocantins.

Após o lançamento, as equipes do Comitê do Fogo vão a campo para ações de fiscalização, orientação e entregas de cestas básicas e kit de material de higiene pessoal, além de falar da importância do não uso do fogo neste período seco. Conforme o Comitê, esse calendário das ações será executado até meados de agosto.

“Não há um cadastro pré aprovado com as famílias a receber as cestas. Será uma avaliação local, de momento. O técnico saberá olhar para a situação das famílias visitadas e terá a condição de estabelecer a necessidade da entrega dos kits", explica o tenente-coronel Erisvaldo Alves, coordenador adjunto da Defesa Civil Estadual.