Entre janeiro e março deste ano, o Brasil notificou 31.872 novos casos de malária. No mesmo período do ano passado, foram registrados 51.076 casos – uma redução de 38%. Em todo o ano de 2018, o país contabilizou 194.271 casos da doença. Já no Tocantins, na quatro primeiros meses de 2019 foram três casos notificados, sendo que no mesmo período do ano passado haviam sido 12 casos, ou seja 75% de queda nas notificações. Durante todo o ano de 2018, o Estado notificou 25 casos de malária. 

No Dia Mundial da Malária, lembrado nesta quinta-feira, 25, o Ministério da Saúde lançou a campanha Brasil Sem Malária, com foco na região amazônica, que concentra mais de 99% dos casos.

Populações das capitais dos nove estados que compõem a região amazônica – Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Tocantins e Maranhão -, além de regiões de mata, assentamentos rurais, garimpos, periferias e áreas indígenas são o público-alvo da campanha informativa.

Já na região extra-amazônica, Bahia e Espírito Santo são considerados áreas receptivas e enfrentam, segundo a pasta, grandes desafios para conter surtos.

Para 2019, os principais desafios citados pelo governo federal são manter a continuidade das ações de vigilância, melhorando a oportunidade de diagnóstico e tratamento; resposta rápida a surtos; mobilização social; e fortalecimento dos níveis locais. Em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a pasta tenta intensificar ações integradas de prevenção à malária com a atenção primária nos estados e municípios.

Doença
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por parasitos do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito gênero Anopheles. O paciente com malária não é capaz de transmitir a doença diretamente para outra pessoa – é preciso que haja a participação do vetor.

Entre os principais sintomas estão febre alta, calafrios, tremores, sudorese ou dor de cabeça. Algumas pessoas, antes de apresentarem esses sintomas, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. A malária tem cura, mas se não for diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode evoluir para formas graves.

Prevenção
Algumas medidas de prevenção incluem o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas; o uso de roupas compridas que protejam pernas e braços; a instalação de telas em portas e janelas; o uso de repelentes; evitar exposição em horários de maior atividade do mosquito; borrifação intradomiciliar com inseticida de efeito residual; e drenagem de áreas alagadas consideradas de risco para a transmissão da doença.