Os casos de dengue notificados no Estado do Tocantins aumentaram de 5.167 incidências de janeiro a setembro de 2018 para 28.444, no mesmo período em 2019. O aumento representa 450%. Do total estimado, foram descartados 14.211 casos; 11.208 foram confirmados como dengue (aumento de 767%); 26 foram considerados dengue grave; e 388 casos de dengue em situação de alarme. Dos 139 municípios do Tocantins, 136 notificaram casos de dengue neste ano.

Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), considerando o período levantado, ocorreu um acréscimo de 737%, em 2019 em casos prováveis.  Quinze municípios concentram mais de 49% da incidência de casos prováveis em 2019. São eles: Maurilândia, Carrasco Bonito, Rio Sono, Arraias, Riachinho, Carmolândia, Pugmil, Aguiarnópolis, Arapoema, Muricilândia, Cristalândia, Tocantínia e Presidente Kennedy.

No Tocantins, do começo do ano até agora, oito óbitos por dengue foram confirmados, sendo um em Gurupi, dois em Palmas, um em Itacajá, um em Miracema do Tocantins, um em Paraíso do Tocantins, um em Pedro Afonso e um em Tocantínia e oito estão em investigação.

O Boletim da SES informa que a forte epidemia exigiu grande cooperação entre a Secretaria Estadual de Saúde, as Secretarias Municipais de Saúde e o Ministério da Saúde. A pasta explica que os casos se concentraram no período epidêmico entre janeiro e maio. A SES pontua que houve um imenso declínio dos casos no período de junho a agosto, aproximando-se da linha média móvel, a qual representa o comportamento esperado para a dengue no Tocantins. No entanto, com o retorno das chuvas é esperado um aumento do número de casos devido ao surgimento de focos e multiplicação acelerada dos mosquitos.

Nos três maiores municípios do Tocantins, Palmas, Araguaína e Gurupi, há forte incidência de dengue. Em Araguaína são 1.630 casos confirmados, em Palmas são 5.054 e em Gurupi 230.

O que é a dengue?

Dengue é uma doença febril grave causada pelo Aedes Aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Confira abaixo dicas da SES de como prevenir criadouros do mosquito da dengue

A melhor forma de prevenção é evitar água parada, onde a fêmea do mosquito Aedes aegypti deposita seus ovos. Para isso basta:

  1. Manter sob abrigo da chuva pneus, garrafas, sucatas, bebedouros de animais e outros depósitos móveis, etc.
  2. Providenciar a vedação de caixas d’água, tambores, tanques, cisternas e poços artesianos.
  3. Retirar qualquer porção de água acumulada em enfeites de jardim e em axilas de plantas, como as bromélias.
  4. Colocar areia em pratos e vasos de plantas para evitar o acúmulo de água.
  5. Vistorie com frequência e mantenha sem obstruções de folhas e galhos calhas e ralos.
  6. Não jogue lixo em terrenos baldios.
  7. Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.
  8. Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo.
  9. Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas.
  10. Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água.
  11. Lave pelo menos uma vez por semana com água e sabão vasilhas usadas para guardar água, assim como bebedouros de animais. Isso evita que ovos do mosquito depositados antes da troca da água permaneçam fixados no recipiente.
  12. Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas.
  13. Sempre que possível evite o cultivo de plantas como bromélias ou outras que acumulem água em suas partes externas ou retire toda água acumulada em suas folhas.