Os problemas do Parque Cesamar estão longe de ser apenas a superpopulação de capivaras. Mesmo tendo ficado fechado por mais de um ano para reforma, não foi preciso andar muito para encontrar problemas como a falta de cercas, assoreamento do lago, desmatamento, além do desperdício de água. O alerta sobre os problemas surgiu após uma capivara ser flagrada tentando entrar em uma agência bancária na Avenida JK, no centro da Capital, na última segunda-feira.

Frequentadores do parque e servidores que trabalham no local contaram que o estado das cercas de ferro que estão em volta do Cesamar estão com muitos pontos danificados. Além de ser uma proteção contra vândalos durante a noite, ou até mesmo de dia, as cercas também auxiliam na contenção dos animais. Sem elas, ficam mais fácil o passeio das capivaras pelo centro de Palmas.

Onde ainda existe a proteção, as grades estão enferrujadas e as colunas quebradas. Há cerca de 500 metros da entrada do parque, as cercas foram visivelmente retiradas e uma estrada foi construída para a passagem de carros, abrindo um acesso clandestino ao parque.

Desmatamento

Dentro do Cesamar, o problema preocupa ainda mais. Existe um desmatamento que dá acesso ao Centro de Convenções Parque do Povo. Quando chove, enxurradas e pequenos deslizamentos de terra criam montes de lama na pista de caminhada. “Fica difícil passar por aqui depois da chuva”, afirmou a comerciante Maria Elizabete Souza, 51 anos, frequentadora assídua do parque.

Além da pista de caminhada, a terra invade também o lago. Em frente ao local do desmatamento, existe um início de assoreamento. O problema é verificado no local desde antes do fechamento do Cesamar para a reforma. Uma das promessas da Prefeitura de Palmas quando o parque foi fechado era exatamente acabar com o assoreamento.

Desperdício

Mesmo a área da entrada, que recebeu uma grande revitalização com a reforma, é alvo de críticas dos frequentadores. Flávio Neiva, corretor de imóveis, tem o hábito de levar os filhos nos parquinhos infantis do Cesamar, mas as visitas têm gerado dores de cabeça. “Tem um bebedouro ali que pinga água há mais de um mês. Mesmo com as reclamações que eu protocolei na prefeitura, eles nunca resolveram. Um veda rosca resolve o problema.”

Dentro do cercado do parquinho infantil, que fica próximo à pista de skate, a água está jorrando do solo. O vazamento pode ser causado desde um cano estourado abaixo do piso do local até uma pequena mina d’água que surgiu no parquinho.