Somente de janeiro a julho deste ano, Palmas já tem 730 casos confirmados de dengue, sendo que em 2020 foram 337 casos no mesmo período. A Capital também aponta que 11 pessoas tiveram chikungunya em 2021 contra três no ano passado e seis pacientes foram diagnosticados com zika neste ano, já em 2020 foram duas notificações desta última enfermidade. As três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.

O número de atendimentos nos Prontos Socorros (PS) da Capital também aumentou e não foi só com adultos. Segundo o médico pediatra Claudio Luiz Theodoro, no mesmo período do ano passado, a clínica que atende não fez nenhum diagnóstico de casos com dengue, já neste ano, em torno de cinco a seis pessoas buscam os atendimentos por causa de sintomas da doença. “Os casos aumentaram bastante e isso observamos nos atendimentos”. 

O gerente da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonose de Palmas (UVCZ), Auriman Cavalcante, confirma que os casos da doença realmente tiveram aumento neste ano em relação ao ano passado. Segundo ele, a situação está bastante atípica exatamente agora em julho, por estarmos no período de seca no Tocantins. “Considerando que mais de 70% dos focos estão nas residências, seguimos pedindo o apoio da população para que eliminem as condições para proliferação dos mosquitos”, apela à comunidade.

Doenças

As doenças transmitidas pelo Aedes se tornaram, nos últimos tempos, um grande problema de saúde pública devido ao número de notificações e alto índice de adoecimento da população. No caso da dengue, sua forma mais complicada é a dengue grave (conhecida popularmente como dengue hemorrágica), a chikungunya pode deixar sequelas por toda a vida de uma pessoa, e a zika pode trazer complicações neurológicas em casos mais graves.

Cuidados 

Ainda de acordo com o gerente da UVCZ, a maneira mais adequada para evitar notificações dessas doenças, é a informação da sociedade sobre os perigos que elas podem causar, além da consciência que todos devem fazer sua parte. “Manter lixeiras bem tampadas, não deixar mato alto e nem recipientes que podem se tornar suscetíveis a essas doenças, são pequenos cuidados que já fazem uma grande diferença para a saúde de todos”.