Um grupo de candidatos que fizeram as provas do concurso da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO), se mobilizou nesta terça-feira, 9, para pedir uma definição sobre o certame realizado em março de 2018, que está parado devido investigações sobre uma tentativa de fraude. O ato acontece em frente ao Palácio do Araguaia, em Palmas.

“Estamos mobilizando para mostrar que não nos esquecemos do concurso, estamos aguardando o andamento. E queremos sensibilizar o governo”, diz Euthon Diêgo Araújo, que está encabeçando o ato. Segundo Araújo, os candidatos pedem que o Estado se posicione sobre os próximos passos. “Queremos saber se vai ser celebrado, se não, precisamos também saber para focarmos em voltar a estudar”, declara.

Além da manifestação em frente à sede do Governo do Tocantins, o grupo realiza durante a tarde desta terça, mobilizações nos Hemocentros de Palmas, Araguaína e Gurupi. “As doações de sangue também serão realizadas em ao menos outros seis Estados, com os candidatos que não poderiam vir até o Tocantins para participar”, explica Araújo.

“A doação de sangue é uma manifestação pacífica que tem grande relevância a sociedade, e também é para mostrar a nossa vontade de entrar na instituição policial para servir a população”, comenta.

A PM informou que  que é legítimo o direito de manifestação, e que um processo administrativo instaurado foi finalizado, e nos próximos dias serão trazidos à população os resultados.

 

Concurso

Em janeiro, a empresa Assessoria em Organização em Concursos Públicos Ltda (AOCP) divulgou as nota dos candidatos que fizeram o concurso da PM e a lista de eliminados. Mas a Comissão dos Concursos da PM-TO, disse que a empresa não estava autorizada a fazer a divulgação, já que o certame está suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) devido à investigação de fraude.

O caso começou após Polícia Civil (PC) apurar a procedência de celulares encontrados em banheiros de locais de prova em Palmas e Araguaína. Na época, o Ministério Público do Estado (MPE) denunciou criminalmente 19 pessoas por associação criminosa e participação em fraude no concurso. A AOCP também divulgou em seu site na internet os nomes de 23 candidatos que haviam sido eliminados suspeitos de estarem envolvidos em fraudes do certame.