Atualizada às 20h02

O pastor e cabo reformado da Polícia Militar Nelcivan Costa Feitosa acabou preso preventivamente na manhã desta quinta-feira, 23, a pedido da Polícia Militar (PM). Conforme a própria PM, um Inquérito Policial Militar Investiga alguns crimes que teriam sido praticados por Feitosa, sendo eles crítica pública a ato de superior, desacato, difamação, desobediência, injúria, dentre outros. A investigação está em segredo de Justiça.

Há informações de que Feitosa teria ofendido o comandante-geral da PM, o coronel Jaizon Veras pelas redes sociais. O reformado esteve no Instituto Médico Legal de Palmas (IML), onde realizou exame de corpo de delito e agora está na carceragem do 1° Batalhão da PM em Palmas.

O promotor Fabio Vasconcellos Lang entrou com um pedido para que a Justiça examine a sanidade mental do youtuber “Pastor Nelcivan cabo da Polícia Militar”. Segundo o promotor,  o processo administrativo que culminou com a reforma do militar há informações sobre laudo pericial da Junta Médica Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás afirmando que há  prova pericial, naquele processo, de que o militar “é portador de doença mental compatível com esquizofrenia paranoide, progressiva e irresistível, sem cura na atualidade”. Protocolado no dia 14, ainda não decisão sobre o pedido.

Feitosa ficou conhecido nas redes sociais por fazer críticas ao governador Mauro Carlesse (PHS) e à PM. A Justiça comum chegou a decretar que o reformado retirasse as ofensas proferidas a Carlesse na internet.

O Jornal do Tocantins esteve em contato com a defesa do cabo reformado que informou que teve acesso aos autos na tarde desta quinta-feira. Nesta sexta-feira, 23, ou na próxima segunda, 27, a defesa afirmou que irá solicitar um habeas corpus ao PM.

A defesa confirmou que ele está sendo acusado por insubordinação, atacar a corporação e três crimes de menor potencial ofensivo, no entanto, destaca que o pastor é inocente e não teria que ser preso por expor os atos de corrupção presentes no poder público. "A prisão de Nelcivan representa violação à imprensa que serve à sociedade. Hoje pode ser Nelcivan, amanhã pode ser outro repórter", afirma o advogado Indiano Soares. A defesa alega que a denúncia partiu do comando da PM que também é passível de investigação.